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Fazendas do Grupo Caaporã utilizam tecnologia para aumentar produtividade

O Grupo Caaporã Agrossilvipastoril, referência nacional em pecuária com baixa pegada de carbono, acaba de completar um ano da contratação da agtech iRancho para fazer a gestão individual dos dados dos animais das suas duas fazendas no Tocantins. Neste período, o número médio de cabeças de gado por hectare saltou de 0,8 para dois, um aumento de 150%. A comparação utiliza como referência a taxa de lotação das fazendas sob administração do antigo proprietário.

Outro indicador apresentou crescimento ainda maior: a taxa média de ganho de peso diário por animal registrou aumento de 300% (de 150g para 600g). A referência utilizada para esse indicador é a média da região onde a fazenda está localizada. As novas metas são atingir, já em 2026, três cabeças de gado por hectare e 700g de ganho médio de peso diário por cabeça.

Luis Fernando Laranja, CEO e fundador do Grupo Caaporã, define a conjuntura como o “milagre” da multiplicação da produtividade. “Não seria possível atingir resultados tão robustos utilizando métodos tradicionais. A tecnologia é essencial nesse processo e o iRancho é uma ferramenta que proporciona a condição de ter esse ganho de produtividade. O produto se encaixou perfeitamente em nosso negócio”, diz.

O negócio de Laranja envolve o desenvolvimento de modelos inovadores de pecuária de baixo carbono. A empresa arrenda fazendas que apresentam pastagens degradadas e as transforma em pastagens de alta produtividade, adotando um sistema silvipastoril, que consiste no plantio de árvores no meio do pasto.

O executivo destaca outro aspecto relevante entregue pela iRancho: a rastreabilidade do gado. “Precisamos ter cada vez mais informações confiáveis no nível individual de cada animal para produzir uma carne de baixo carbono. Isso está pautado na filosofia que acreditamos, de que a pecuária bovina é uma das potenciais soluções para o enfrentamento das mudanças climáticas”, complementa.

Luis Fernando Laranja explica que, no Brasil, a pecuária de baixa produtividade ocupa áreas extensas e produz uma carne com uma pegada de carbono maior quando comparada com áreas com pastagens reformadas e bem manejadas. 

“Mais da metade das áreas de pastagens do país têm algum tipo de degradação. Buscamos fazer a reversão do processo: recuperar essas áreas e reduzir a emissão de carbono a um índice correspondente a menos da metade da média nacional. E isso acontece à medida que consigo fazer com que o animal engorde mais rápido, o que tem como consequência direta a diminuição da quantidade de emissão de metano”, contextualiza.

Foco na transparência da cadeia produtiva

A agenda climática, a procura crescente por carne e o mercado, especialmente o internacional — cada vez mais demandante por suprimentos rastreáveis e sustentáveis —, pressionam a cadeia produtiva por soluções que deem conta dessas exigências. Com foco na transparência total da cadeia produtiva, o Grupo Caaporã rastreia cada animal desde o nascimento até o abate.

CEO da iRancho, Thiago Parente frisa a importância da gestão e das práticas sustentáveis para entregar aos pecuaristas a rastreabilidade bovina, do pasto ao prato. “Sem um sistema de gestão para controlar o rebanho, seria impossível atingir tal nível de precisão. Hoje o pecuarista já entendeu que precisa de uma solução que tenha um banco de dados apoiado por alta tecnologia, capaz de fornecer todo o histórico de evolução do animal, e seja seguro e confiável”, ressalta.

Para atender a essa necessidade, a Rancho lançou em 2023 o SafeBeef, sistema de rastreabilidade bovina que utiliza tecnologia blockchain para garantir a imutabilidade e a inviolabilidade das informações ali registradas. Além de garantir transparência, a solução tem o potencial de aprimorar a gestão da fazenda e abrir a porteira para novos mercados.

Mas tanta tecnologia exige colaboradores capacitados para utilizar o sistema e o desenvolvimento de uma estratégia assertiva para gerar inteligência de negócios por meio dos dados. Conforme explica Parente, a iRancho entende a importância de preparar seus parceiros para extrair o melhor desempenho possível da plataforma.

“Por isso, fornecemos não apenas um treinamento personalizado, mas também um acompanhamento em tempo real de nossos assinantes, todos os dias da semana, além de treinamentos presenciais, conforme a necessidade de cada cliente”, conclui.

Fonte: FirstCom <romulo=

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