Lenisson Carvalho, especialista da Ourofino Agrociência, ressalta que as opções ajudam a controlar a matocompetição, evitando perdas em momento de alta das commodities
Os agricultores brasileiros, e também do resto do mundo, sofrem com a baixa oferta do glifosato, defensivo agrícola mais usado para o controle de plantas daninhas. Devido a sua versatilidade, atua no manejo das culturas de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar, mas chega a ser usado pelo menos uma vez durante o cultivo da maior parte das lavouras, de acordo com Lenisson Carvalho, gerente de marketing grandes culturas da Ourofino Agrociência. Apesar do seu amplo uso, o especialista afirma que já existem novas tecnologias no mercado que podem ser adotadas e, assim, preservar a produtividade das lavouras.
É o caso de soluções à base de glufosinato, um herbicida que funciona a partir de um mecanismo de ação diferente, o que permite apresentar resultados superiores no controle de daninhas, inclusive atuando no manejo das resistentes ao glifosato. Essa é apenas uma das alternativas com as quais os produtores podem contar na atual conjuntura e até a estabilização da oferta do glifosato.
“Os agricultores podem utilizar herbicidas pré-emergentes, o que acaba reduzindo a necessidade de uso do glifosato em pós-emergência da soja. No portfólio da Ourofino, por exemplo, contamos com o PonteiroBR® e o Kaivana® 360 CS. O herbicida Off Road, que é um glufosinato-sal de amônio, também é mais uma opção, própria para auxiliar o controle em pós-emergência das plantas daninhas”, explica o especialista.
Carvalho pontua que essas são ferramentas que oferecem alta eficiência, quando usadas da forma correta, e todas já fazem parte do manejo integrado em situações em que há a resistência ao glifosato. “O uso dessas moléculas, no geral, é fundamental, assim como o uso de herbicidas residuais que evitam a matocompetição inicial, que gera, como consequência, a perda de produtividade.”
As perdas provocadas pela matocompetição, aliás, são extremamente negativas na atualidade. Isso porque, afirma Carvalho, qualquer prejuízo agora, quando os preços das commodities estão expressivos, resulta em perdas significativas de receita e da rentabilidade do cultivo.
Quanto aos produtos ofertados pela Ourofino Agrociência e que são alternativas para a falta de glifosato, o Kaivana® 360 CS e o Off Road® são soluções recentemente incorporadas ao portfólio da empresa. O primeiro foi lançado depois de um investimento de quatro anos da indústria em pesquisas, avaliações, testes e aplicações. É um produto que integra a lista de itens reimaginados pela indústria para as condições de clima e solo tropicais, como é o caso do Brasil.
Com formulação microencapsulada, o Kaivana® 360 CS tem um complexo sistema de agentes fotoprotetores e tensoativos exclusivos, e com diferentes ações, que promovem a redução de perdas por volatilização e derivas. O PonteiroBR® também faz parte do portfólio de soluções reimaginadas e é um herbicida versátil de sulfentrazona, com amplo espectro e residual de controle para tiririca, diferentes espécies de corda-de-viola, gramíneas e folhas largas de difícil manejo.
De modo geral, sobre as soluções que poderão ser usadas no lugar do glifosato, Carvalho salienta: “Elas devem ser aplicadas de acordo com a cultura, espectro de plantas daninhas alvo e cultivos previstos na sequência, até porque existem produtos que podem dar maior residual de controle e outros que não possuem residual para as culturas e os plantios subsequentes”.
Fonte: ComTexto