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Faesp discute o uso de retardantes químicos no combate a incêndios agroflorestais

Nesta quarta-feira, 9 de outubro, representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) e da Euroforte, empresa de inovação voltada para o manejo de nutrição mineral de plantas, se reuniram para discutir soluções relacionadas à inteligência e segurança no combate a incêndios agroflorestais.

No encontro, realizado na sede da Faesp, especialistas da Assessoria da Presidência e técnicos do Departamento de Sustentabilidade da Faesp, avaliaram os benefícios do uso de retardantes químicos no combate a incêndios. Essas substâncias, diluídas em água, amplificam significativamente o poder de prevenção e supressão do fogo.

Um dos produtos destacados foi o Fireout, desenvolvido pela Euroforte, que conta com estudos que comprovam sua eficácia em diminuir a intensidade dos incêndios em mais de 50%. Ou seja, cinco vezes mais eficaz do que o uso de água pura quando utilizado em uma concentração de 5%. Testes e pesquisas com instituições de referência, como o Laboratório do Fogo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), asseguram a substância como uma alternativa sustentável, com composição 100% natural e atóxica para plantas, animais e humanos.

Ao final do encontro, ficou definida uma força-tarefa, com participação da Comissão Técnica de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Energia da Faesp, para elaboração de nota técnica sobre os impactos ambientais, a eficácia e as melhores práticas do uso de retardantes químicos, com eventual contribuição do governo do Estado de São Paulo.

Com a falta de regulamentação federal, o objetivo é que o Estado, capitaneado pela Faesp, crie um modelo de incentivo ao uso de retardantes químicos para diminuir ocorrências e mitigar danos causados por incêndios em áreas agroflorestais. Tirso Meirelles, presidente da Faesp, menciona que incêndios descontrolados colocam em risco a vida de trabalhadores rurais, moradores e animais, além de causar danos irreversíveis ao patrimônio. “Essa iniciativa de estudar maneiras de reduzir os incêndios no campo é um grande passo para proteger a agropecuária paulista”, disse.

“Precisamos destacar a importância das melhores práticas de aplicação e credenciamento de fornecedores confiáveis, já que a regulamentação sobre esse tema ainda é incipiente, embora exista um consenso sobre os benefícios do produto”, comentou Alberto Sardilli, assessor da Presidência da Faesp.

Além de Sardilli, participaram da reunião Maria Cristina Murgel, bióloga e técnica do Departamento de Sustentabilidade da Faesp; José Luiz Fontes, coordenador do mesmo departamento; Marcio Antônio Vassoler, diretor primeiro secretário da Faesp. Representando a Euroforte, estiveram presentes Flavio Pompei, engenheiro agrônomo, e Alexandre Beutling, professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), especialista em Modelagem do Comportamento do Fogo.

Fonte: Mario Luiz Teixeira 

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