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Faesp apresenta agricultura irrigada no Brasil à comitiva chinesa

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) recebeu, na manhã de 12 de dezembro de 2024, uma comitiva de nove pesquisadores e docentes do Centro Nacional de Serviços de Tecnologia Agrícola da CAU-China Agricultural University, de Pequim. O encontro, que foi intermediado pelo assessor especial da presidência da entidade, Carlos Eduardo Cerri, teve como destaque a apresentação sobre agricultura irrigada no Brasil, conduzida com tradução simultânea por um intérprete presente na reunião.

Após introdução sobre o sistema de representação sindical rural no Brasil, com ênfase na estrutura da Faesp e os 235 sindicatos rurais paulistas, Erica Monteiro de Barros, coordenadora técnica do Departamento Econômico da Faesp, detalhou aspectos do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) no contexto da agropecuária nacional. Destacou que o Brasil possui 8,2 milhões de hectares de área irrigada, com previsão de crescimento para 12,4 milhões até 2040, o que representará um aumento de 51%. A utilização de pivôs centrais como o sistema de irrigação predominante, especialmente para grãos, e os critérios de gestão sustentável e obtenção de outorgas chamaram a atenção dos visitantes chineses.

A apresentação também incluiu informações sobre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produtividade até quatro vezes maior das áreas irrigadas em comparação às não irrigadas, e os desafios relacionados à gestão hídrica frente às mudanças climáticas.

Teodoro Miranda, chefe de Formação Profissional do Senar-SP, complementou a sessão ao apresentar as ações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural no estado. Em 2024, mais de 240 mil participantes foram beneficiados por cursos, assistência técnica e atividades de promoção social, com metas de ampliar esse alcance para 390 mil pessoas em 2025. Miranda enfatizou a importância de iniciativas que integram educação técnica com o uso eficiente de recursos hídricos na agricultura.

Para Tirso Meirelles, presidente do Sistema Faesp/Senar-SP, iniciativas como essa reforçam a cooperação internacional e abrem portas para novos acordos comerciais e tecnológicos. “O intercâmbio de experiências com os pesquisadores chineses é estratégico, considerando que a China é o principal destino das exportações brasileiras e compartilha conosco os desafios globais na gestão de recursos naturais”, destacou.

Fonte: Mario Teixeira 

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