As exportações brasileiras de carne bovina in natura devem crescer acima de 10% neste ano, estima a Associação Brasileiras de Frigoríficos (Abrafrigo). A alta deve ser puxada pela retomada de embarques aos Estados Unidos, suspensos em meados de 2017.
Segundo a associação, este ano será de continuidade das boas condições de mercado para a carne bovina brasileira. “O setor vai se aproximar um pouco mais do recorde absoluto de sua história obtido em 2014, quando o País exportou 1,5 milhão de toneladas e obteve uma receita de US$ 7,2 bilhões”, afirmou a entidade, em nota.
No ano passado, a receita com embarques foi de aproximadamente US$ 6,075 bilhões, incremento de 14% na comparação com 2016.
De acordo com a Abrafrigo, também é esperado “o crescimento do mercado chinês e uma melhora nas relações com a União Europeia”. Também devem ter um papel relevante para o aumento dos embarques as novas negociações com alguns mercados do sudeste asiático.
Em dezembro de 2017, o Brasil exportou 136,1 mil toneladas ante 108,9 mil toneladas no mesmo mês de 2016, incremento de 25% no período. A receita foi de US$ 559,2 milhões no ano passado , aumento de 27% em relação aos US$ 439,3 milhões obtidos no mesmo período do ano anterior.
China
A entidade destaca entre os principais responsáveis pela recuperação das vendas o mercado chinês, que “continua com grande apetite pelo produto brasileiro”. De acordo com a Abrafrigo, o aumento anual da demanda chinesa tem sido de 300 mil toneladas, incluindo as carnes bovina, suína e de frango.
A China foi o maior cliente do Brasil em 2017, com a aquisição de 567,6 mil toneladas de carne bovina, participação de 38,2% na movimentação do produto pelo País.
O Egito foi o segundo maior comprador, com 153,6 mil toneladas), seguido pela Rússia, com 151.6 mil toneladas.
Fonte: DCI – DIÁRIO DO COMÉRCIO & INDÚSTRIA
Imagem créditos: Arquivo