A Embrapa Pecuária Sul e a 3tentos realizaram nesta sexta-feira (07/01) o 1º Giro Técnico “Alternativas no manejo da dessecação, herbicidas pré-emergentes e coberturas forrageiras para o controle de plantas daninhas na cultura da soja”, voltado para produtores da metade sul do Rio Grande do Sul e profissionais de assistência técnica e extensão rural. O evento foi realizado nos campos experimentais da Embrapa em Bagé (RS) e teve como objetivo apresentar alguns resultados de pesquisas que vem sendo realizadas nos últimos três anos para o controle de plantas indesejadas em lavouras de soja na região.
Na abertura do evento, Fernando Cardoso, chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, salientou a importância da parceria público-privada para o desenvolvimento de pesquisas que contribuam para um melhor desempenho do setor primário na região. De acordo com Cardoso, como a cultura da soja cresceu muito nos últimos anos, assim como a integração lavoura-pecuária, a Embrapa tem que buscar soluções que contribuam para a sustentabilidade do sistema e também para a melhoria na renda do produtor. Já Rodrigo Fros Martini, Gerente de Negócios da Metade Sul das 3tentos, ressaltou que a parceria se iniciou há três anos depois do aumento de casos de resistência de plantas daninhas, especialmente o caruru, nas lavouras da região.
Os trabalhos, que estão sendo realizados, foram apresentados pelos coordenadores do projeto, a pesquisadora Fabiane Lamego, da Embrapa Pecuária Sul, e por Marlon Ouriques Bastiani, coordenador de desenvolvimento da 3tentos.
Nas estações foram mostradas diferentes estratégias para o combate a plantas daninhas. Entre elas, o manejo da dessecação, na preparação da área que vai receber a semeadura, com a utilização de diferentes herbicidas. Bastiani também apresentou as avaliações do uso de pré-emergentes, com princípios ativos distintos, para saber o grau de eficiência no controle das plantas daninhas.
Outra linha de avaliação foi em relação ao uso de forrageiras de inverno e da sua palhada no controle. Segundo Fabiane Lamego, estão sendo avaliados tanto o uso de pastagens de inverno com simulação de pastejo de animais, como o uso de espécies forrageiras apenas como cobertura e para a produção de palhada. Nesse segundo caso, foram utilizados cultivares desenvolvidos pela Embrapa, como trigo duplo propósito, azevém, ervilhaca, centeio e trevo-persa.
“A resistência das plantas daninhas vai continuar, por isso é preciso pensar em diferentes estratégias para o sistema”, ressaltou a pesquisadora. Já Rodrigo Martini destacou que para o manejo de plantas daninhas é fundamental pensar em manejo de sistema, realizar uma dessecação pré-plantio eficiente, uso correto de pré-emergentes e plantas de cobertura adaptadas aos sistemas de produção.