Conforme o presidente da Câmara, Daire Coutinho, as entidades do setor estão firmando os contratos com as suas participações e, dentro de três meses, é possível que se tenha os primeiros resultados deste diagnóstico da cadeia. Serão observados detalhes desde o lado de dentro da porteira até a visão do consumidor sobre o produto. “As entidades de uma forma geral estão colocando para o Cepea e para a Embrapa as suas necessidades e sob que ótica gostarão deste trabalho e eventualmente ele deve iniciar nos primeiros dias de março. Vai se desenrolar fazendo uma análise objetiva de todos os elos da cadeia, desde a participação de insumos até as questões de consumo”, detalhou Coutinho. Segundo ele, o consumo tem sido tratado como um subíndice do quadro de oferta e demanda. Esta será a primeira vez em que uma pesquisa deve levantar a realidade do consumo de arroz do Brasil.
Para Daire Coutinho, de uma maneira geral a cadeia está muito homogênea. Ele acredita que os dois últimos anos trouxeram ao produtor de arroz uma situação diferente dos anos anteriores e como resultado, até por uma busca pessoal do produtor por outras alternativas, houve o incremento no plantio de soja, de milho e da própria pecuária. “Assim como das entidades que enxergaram também esta dificuldade e trouxeram ao produtor a visão dessa necessidade de mudança. E hoje a gente tá vendo aqui na Abertura da Colheita do Arroz, quem vai lá nos estandes, quem vai nas lavouras, vê lavouras outras que não só arroz. Isso trouxe o produtor para uma situação um pouco diferente dos últimos anos que ele vivia”, avaliou o dirigente. Ser multissafras, para Coutinho, é um caminho sem volta.
Ele também celebrou a fala do presidente da Federarroz, Alexandre Velho,a respeito da evolução da cadeia produtiva do arroz. “Nós vimos hoje nas palavras do Alexandre um reconhecimento de que algumas das dificuldades extrapolam a relação e estão lá no consumidor, lá no varejo, que infelizmente é ente desta cadeia, mas não participa. Então eu acredito que toda essa evolução que vem acontecendo internamente vai nos trazer a possibilidade de entender um pouco mais estas questões do consumo e este levantamento pela Cepea e Embrapa vai focar muito nisso e hoje é uma atitude a ser conhecida”, avaliou Daire Coutinho. A estimativa é de que serão conhecidas não só a relação de consumo em relação ao produto, mas das próprias questões do consumidor, como ele encara toda a cadeia que está por trás de um pacote de arroz.
A 33º Abertura Oficial da Colheita de Arroz e Grãos em Terras Baixas é uma realização da Federarroz, com a correalização da Embrapa e Senar/RS e Patrocínio Premium do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Irga.