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Estratégias nutricionais para a engorda de bovinos em pastos de boa qualidade

A eficiência na engorda de bovinos a pasto está diretamente relacionada às estratégias nutricionais utilizadas para maximizar seu ganho de peso. Em pastagens de alta qualidade, o produtor tem flexibilidade para adotar suplementações ajustadas, otimizando o uso da forragem disponível. Com o manejo nutricional adequado, é possível reduzir o tempo necessário para que o animal produza uma arroba, obtendo melhores resultados produtivos e econômicos para a propriedade.

O manejo eficiente das pastagens é essencial para o sucesso da produção animal, especialmente em sistemas de engorda a pasto. Quando oferecem alta qualidade, tornam-se uma fonte econômica e nutritiva para o rebanho, favorecendo seu crescimento e desenvolvimento. Práticas como pastejo rotacionado ou intermitente, adubação correta e escolha de espécies forrageiras adaptadas ao clima e solo da região ajudam a maximizar a produtividade da área, resultando em um pasto denso e nutritivo, que atende às necessidades básicas do gado.

A suplementação nutricional complementa o manejo de pastagem e pode ser aplicada de forma aditiva ou substitutiva, conforme a necessidade do sistema. Na forma aditiva, a suplementação aumenta o ganho de peso sem reduzir o consumo de pasto, otimizando o desempenho produtivo. Já em situações de escassez de pastagem, a suplementação substitutiva ajuda a reduzir a pressão sobre a forragem, mantendo o ganho de peso e a saúde dos animais, mesmo em períodos de menor oferta de pasto de qualidade.

Estratégias de Suplementação

Suplementação Proteico-Energética
Essa estratégia é indicada para sistemas de pasto de boa qualidade e visa maximizar o aproveitamento da forragem. Com a suplementação proteico-energética, o Ganho Médio Diário (GMD) dos animais pode atingir aproximadamente 800 g/dia, permitindo que o bovino ganhe 1 arroba em cerca de 30 a 38 dias. Essa prática é especialmente recomendada em períodos com boa disponibilidade de pasto, pois ajuda a equilibrar a dieta e a compensar deficiências nutricionais pontuais. É uma opção econômica e eficaz para manter ganhos constantes, aproveitando o potencial da forragem disponível.

Ração para Semiconfinamento

O semiconfinamento combina o consumo de pasto com suplementação concentrada, pois é uma alternativa prática para aumentar o ganho de peso sem o confinamento total. Nesta estratégia, os animais permanecem a pasto, mas recebem ração concentrada na proporção de 0,8 a 1,5% do peso corporal, dependendo do objetivo de ganho de peso. Essa abordagem permite aumento do GMD e diminui a pressão sobre a pastagem, especialmente em períodos críticos de seca ou baixa qualidade da forragem. É uma solução econômica e flexível para produtores que buscam equilíbrio entre pastagem e suplementação.

Confinamento Expresso

No confinamento expresso, os animais são terminados a pasto com o apoio de suplementação concentrada intensa, sem a necessidade de estrutura convencional de confinamento. O concentrado, composto por farelos energéticos – como milho moído, sorgo, polpa cítrica ou casquinha de soja –, é oferecido aos animais em um sistema de pasto vedado, com cocho adequado (aproximadamente 60 cm de espaço por animal) e disponibilidade constante de água. A ingestão de concentrado pode variar entre 1,2 a 2% do peso vivo, dependendo do desempenho desejado. Por exemplo, um boi de 480 kg consumindo 1,8% do peso vivo ingere 8,64 kg de concentrado por dia, composto por 13 a 22% de BellPeso Express e 87 a 78% de fonte energética, ajustando-se conforme a ingestão. resultando em GMD variando entre 1,3 a 1,8 kg/dia, permitindo que o animal ganhe 1 arroba por volta de 15 dias.

Para produtores que trabalham com pastos de boa qualidade, adotar estratégias nutricionais específicas permite aumentar a produtividade e a rentabilidade. A suplementação proteico-energética e as alternativas de ração para semiconfinamento, confinamento convencional e confinamento expresso são opções que, quando bem aplicadas e ajustadas aos objetivos de produção, contribuem para uma pecuária mais eficiente e lucrativa. Ajustar essas práticas às características de cada rebanho e à disponibilidade de pasto é fundamental para otimizar o ganho de peso e garantir a sustentabilidade do sistema de produção.

Fonte: Raphaela Candido – Texto Comunicação Corporativa 

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