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Estado de São Paulo lidera importações brasileiras, segundo relatório da Descartes

O Estado de São Paulo foi o responsável pelo maior volume de importações no Brasil nos primeiros seis meses de 2023. É o que aponta o relatório do Grupo Descartes System, líder global na união de negócios intensivos em logística no comércio, por meio de seu serviço Descartes DatamyneTM – provedor da maior base de dados de trade pesquisável do mundo, cobrindo o comércio global de 230 mercados em cinco continentes. O documento trouxe dados sobre as importações de todos os estados brasileiros realizadas no período, comparando-as com o volume movimentado no primeiro semestre do ano passado

O estado mais rico do país importou 29,87% do total de mercadorias trazidas para o Brasil, o que corresponde a R$ 36 bilhões; já em 2022, o volume foi de 29,22%, com movimentação de R$ 37,9 bilhões. “Há alguns anos, São Paulo aparece como primeiro colocado no ranking das nas importações. Ele é um dos principais estados que importa produtos manufaturados, mas também se destaca na importação de produtos básicos”, afirma Helen Abdu, Gerente Comercial de Datamyne na América Latina.

Em segundo lugar, aparece Santa Catarina, respondendo por 11,65% das importações brasileiras, o que equivale a R$ 14 bilhões. No ano passado, este índice era de 10,39%, o equivalente a R$ 13,4 bilhões. Segundo Helen, a principal razão da sua posição são os incentivos fiscais. “Santa Catarina oferece incentivos vantajosos e benefícios fiscais interessantes para empresários de todos os portes. Eles buscam se instalar nas cidades da região para usufruir das concessões fiscais, que certamente fazem diferença na importação e nos negócios”, comenta a executiva da Descartes.

O Rio de Janeiro ocupa a terceira posição, de acordo com o levantamento. Nos primeiros seis meses deste ano, o estado respondeu por 10,65% do total de importações no Brasil, atingindo cerca de R$ 12,8 bilhões. No ano anterior, o número foi de 9,7%, o que significou R$ 12,5 bilhões. Helen reforça que o Rio de Janeiro, nos últimos anos, tem se alternado com Santa Catarina na segunda e terceira colocação, por possuir excelente potencial a ser explorado pelo comércio exterior brasileiro.

Em quarto lugar no ranking das importações, está o Paraná, que respondeu por 7,5% do total de importações, correspondendo a um montante de R$ 9,03 bilhões; no ano passado, o índice foi de 8,2% e o equivalente a R$ 10,7 bilhões. A executiva da Descartes lembra que, assim como Santa Catarina, as facilidades fiscais são os principais fatores para a utilização do estado como importador.

Na quinta posição, está Minas Gerais, que importou 6,4%, o equivalente a R$ 7,7 bilhões, sendo que, em 2022, importou 6,3% – o equivalente a R$ 8,2 bilhões. No primeiro semestre de 2023, o Rio Grande do Sul figurou em sexto lugar, respondendo por 5,7% do volume e por montante de R$ 6,8 bilhões. No ano passado, o sexto lugar foi ocupado pelo Amazonas, com 5,5% do total, e montante de R$ 7,1 bilhões. “Os dois estados se alternaram no ranking, já que o Amazonas está posicionado no sétimo lugar do ranking de 2023, com 5,63% do total importado e R$ 6,7 bilhões”, explica Helen. Em 2022, o Rio Grande do Sul era o sétimo colocado, com 4,94% e R$ 6,4 bilhões de movimentação.

Por fim, o relatório aponta ainda a importância dos demais estados no ranking dos seis primeiros meses de 2023. Eles são, nesta ordem: Bahia (3,9%), Espírito Santo (3,6%), Pernambuco (2,9%), Goiás (2,06%), Maranhão (2%), Ceará (1,36%), Distrito Federal (1,34%), Mato Grosso do Sul (1,31%), Mato Grosso (1,17%), Pará (0,93%), Paraíba (0,39%), Amapá (0,35%), Rondônia (0,34%) e Alagoas (0,28%).

Helen salienta que as importações desempenham papel crucial no crescimento econômico do Brasil, assim como em qualquer país com uma economia globalizada. “Elas fazem parte das estratégias que permitem ao país ter acesso a bens e serviços que não são produzidos localmente ou que não são suficientemente supridos pela produção interna, promovendo a diversificação da economia. Essa diversificação é importante para reduzir a dependência de setores específicos, tornando o país menos vulnerável a flutuações no mercado internacional”, finaliza a executiva da Descartes.

Fonte: Michel A. Gildin Acherboim

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