BRASÍLIA – As 25 petições feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que ainda estão em segredo por decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, incluem mais suspeitas de crimes envolvendo nomes de destaque do PT e do PMDB. Na lista, estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Antonio Palocci, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB), entre outros.
O Estado teve acesso com exclusividade às petições, que têm como base as delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht, mas tratam de fatos ainda não divulgados. Estes casos permanecem em sigilo porque a procuradoria entende que a sua divulgação pode prejudicar as investigações.
Há relatos de pagamentos de vantagens indevidas em nove campanhas eleitorais, num total de R$ 17,43 milhões – parte do valor foi pago em dólar.
A atuação de Lula é citada em relação às operações da Odebrecht em Cuba, no Porto de Mariel, e em Angola, em um contrato assinado entre o grupo baiano e a empresa Exergia, de propriedade de Taiguara Rodrigues, sobrinho da primeira mulher do ex-presidente.
O contrato previa a prestação de serviços em Angola, entre 2011 e 2014, quando Lula já não era presidente. De acordo com quatro colaboradores, no entanto, esta contratação foi feita para atender a pedido do próprio ex-presidente.
Delatores acrescentaram que a empresa Exergia não detinha experiência no ramo de construção e seria constituída por Taiguara só para fazer uso da influência de Lula. As informações e documentos serão encaminhados à Justiça Federal do Paraná, a pedido da PGR, porque fatos semelhantes já eram apurados previamente.
Em relação a Antonio Palocci, o pedido é para investigar as afirmações de delatores de que o ex-ministro fez pedido para pagamentos a campanhas eleitorais à presidência do Peru e à presidência de El Salvador. Neste último, o valor pago ao marqueteiro João Santana, segundo os relatos, foi de R$ 5,3 milhões para que ele trabalhasse na campanha de Maurício Funes, eleito em 2009.
Colaboradores também apontaram o pagamento de US$ 3 milhões para a candidatura de Ollanta Humala à presidência do Peru. Nos dois casos, o repasse teria sido feito por intermédio do Setor de Operações Estruturadas, o chamado “departamento da propina”.
Cuba. Outro pedido sob sigilo trata da atuação de agentes públicos para auxiliar a Odebrecht em Cuba. Segundo o ex-presidente e herdeiro do grupo, Marcelo Odebrecht, Lula e Fernando Pimentel, ex-ministro e atual governador de Minas Gerais, atuaram a fim de que fossem viabilizadas as obras da companhia no Porto de Mariel.
Neste caso, os relatos e documentos apresentados serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido ao possível envolvimento de um governador, e também à Justiça Federal do Distrito Federal, para a análise da atuação de quem não tem prerrogativa de foro.
Belo Monte. Ainda há informações relativas à usina de Belo Monte apresentadas por seis delatores, que serão incluídas nos dois inquéritos previamente existentes no Supremo e envolve integrantes da cúpula do PMDB.
As investigações sobre Belo Monte tiveram como marco a delação de executivos da construtora Andrade Gutierrez. Os suspeitos que não detêm prerrogativa de foro são investigados, sobre esse caso, na 13.ª Vara Federal do Paraná, sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro.
Campanhas. Além das campanhas no exterior, estão sob sigilo informações que a Odebrecht entregou sobre pagamento de valores via caixa 2 em três campanhas no Brasil. Entre os fatos relatados está o pagamento de R$ 2 milhões para o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB) na campanha eleitoral para o governo do Rio Grande do Norte em 2014, na qual, segundo os delatores, o próprio candidato e o ex-deputado Eduardo Cunha teriam pedido o dinheiro. Na petição, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou que já existe uma investigação prévia sobre o tema na Procuradoria da República do Rio Grande do Norte, e, com base nesse posicionamento, o ministro Fachin autorizou a remessa para o Estado.
Outra campanha citada envolve o senador Valdir Raupp (PMDB-RJ), que teria recebido R$ 500 mil na candidatura ao Senado em 2010, de acordo com delatores, corroborando informações apresentadas anteriormente pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado em seu acordo de delação premiada. Neste caso, as informações serão incluídas nos autos de dois inquéritos já existentes no Supremo.
A terceira campanha sob suspeita é a de Luiz Fernando Teixeira Ferreira, deputado estadual em São Paulo pelo PT, apontado como destinatário de R$ 300 mil na campanha em que foi eleito em 2014. A petição foi enviada ao Tribunal Regional Federal da 3.ª Região.
Moro investiga fatos mantidos em segredo
BRASÍLIA – Parte dos fatos relacionados aos pedidos mantidos sob sigilo pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, já está sob investigação na Justiça Federal do Paraná. Das 25 petições ainda não divulgadas pela Corte, 7 devem ter informações juntadas a processos em andamento sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro.
Em outras duas, mesmo sem haver investigação prévia, Fachin também decidiu enviar à primeira instância.
Um deles trata do projeto de um gasoduto que seria construído para transportar reservas exploradas pela Petrobrás até o sul do Peru. Apesar de a construção não ter acontecido, um delator afirmou que havia sido acordado com o doleiro João Augusto Henriques o pagamento de propinas para o PMDB, as quais seriam posteriormente definidas.
Há ainda três petições diferentes que mencionam o fundo de pensão Petros, o segundo maior do Brasil. Em uma das três petições, delatores da Odebrecht apontaram pagamento de propina a Valdemir Garreta, nome ligado ao PT, em virtude de um contrato celebrado com a construtora OAS.
- Segundo a PGR, os colaboradores informaram que a Odebrecht Realizações Imobiliárias deveria repassar R$ 2 milhões a Garreta. Procurado, ele disse que não vai se manifestar enquanto não tiver conhecimento do processo. Afirmou, porém, ter se colocado à disposição da Justiça para esclarecer os fatos.
Os outros dois casos em que há citação ao fundo Petros tratam de pagamento de vantagem indevida em relação à compra de terrenos no bairro da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Comperj. Irregularidades relacionadas ao Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que já eram alvo de ação penal na Justiça Federal do Paraná, também foram descritas por seis delatores da Odebrecht. Eles apontaram que o consórcio que atuou na obra fez pagamentos ilícitos a agentes públicos da Petrobrás a fim de obter vantagens indevidas em licitação.
Ainda não está definido o destino das informações apresentadas por 15 delatores sobre diversas operações financeiras, inclusive no exterior. Fachin pediu que a PGR se manifeste sobre a aplicabilidade da lei penal brasileira aos fatos narrados — assim como fez em relação a casos em que foi relatado pagamento de recursos não contabilizados a autoridades ou a agentes privados no exterior.
A Palocci, só resta delatar
Os depoimentos, ontem em Curitiba, ao juiz Sérgio Moro de João Santana, ex-marqueteiro das campanhas do PT, e Mônica Moura, sua sócia e mulher, só deixaram a Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma, uma única saída para livrar-se da cadeia por muitos anos: delatar.
No caso de Lula e de Dilma, os depoimentos esvaziaram o discurso deles de que não sabiam de nada, de que nunca souberam de uso de caixa dois em seu favor, e de que foram e continuam sendo exemplos de políticos honestos, incapazes de ferir a lei.
Santana e Mônica contaram em detalhes como foram pagos nas campanhas de Lula em 2006, e de Dilma em 2010 e 2014. Orientados por Palocci, a quem Lula havia recomendado que se reportassem, eles confessaram que foram pagos pelo PT e pela Odebrecht sempre ´pr meio de caixas um e dois.
O PT pagou com dinheiro declarado à Justiça (caixa um) e não declarado (caixa dois). A Odebrecht por caixa dois. Era pegar ou largar, segundo Palocci disse certa vez a Santana. Dinheiro de caixa dois foi pago em espécie, entregue em mãos, ou depositado em contas no exterior.
O que os dois disseram a Moro confirma o que os delatores da Odebrecht haviam adiantado à Procuradoria Geral da República. Preso em Curitiba desde setembro do ano passado, Palocci teve mais um pedido de relaxamento de sua prisão recusado, ontem, pela Justiça.
Há duas semanas, pelo menos, Palocci começou a negociar sua delação premiada com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Ele tem pressa. Está perto de ser julgado por Moro sob a acusação de corrupção e de lavagem de dinheiro.
Os que negociam com ele exigem de Palocci que não se limite a detalhar a corrupção dentro dos governos Lula e Dilma, e do PT. Querem que ele conte o que sabe de negócios irregulares que envolveram os governos do PT e o próprio partido com bancos e empresas.
Palocci sabe muito. Ele sempre foi o homem do dinheiro de Lula e do PT. Do dinheiro cuidou também como coordenador da segunda campanha de Dilma. Ela o nomeou chefe da Casa Civil. Mas Palocci logo saiu quando se descobriu que ganhara milhões de dólares como consultor de empresas.
A eventual delação de Palocci abrirá de vez o caminho para as futuras condenações de Lula e de Dilma.
Após contradizer Temer em público, Cunha diz que não fará delação
- Eduardo Cunha dá sinais contraditórios de dentro da cadeia. Apesar da disposição de contradizer publicamente o presidente Michel Temer e de causar constrangimento a ele sempre que possível, o ex-deputado diz a quem o visita na cadeia que segue descartando fazer delação premiada.
BICO ABERTO
O empreiteiro Léo Pinheiro dá depoimento a Sergio Moro nesta quinta (20). O ex-presidente da OAS tenta fechar acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato. As negociações tinham sido suspensas no ano passado.
BICO GIRATÓRIO
A movimentação de Antonio Palocci para fazer delação premiada tem sido recebida, por profissionais do mercado, como um recado dele ao sistema financeiro. Além de Lula, há uma expectativa de que depoimentos dele atinjam diretamente os bancos brasileiros, com quem tinha relação estreita. Por essa leitura, Palocci estaria dando o alerta em busca de apoio político nos tribunais superiores.
SUOR
Mesmo depois das delações da Odebrecht, Lula tenta mostrar bom humor e tranquilidade aos interlocutores e mantém a rotina. Segue fazendo exercícios e diz a quem o visita que caminha o equivalente a 6 km todos os dias, na esteira, com inclinação acentuada.
COMO SEMPRE
Em casa, mantém os hábitos que cultivava com dona Marisa, que morreu em fevereiro. Um deles, o de dar banho em sua cachorrinha, Michele. Desde que a ex-primeira-dama morreu, um de seus filhos, Sandro, o visita diariamente, ajudando na coordenação da casa.
Lula recorre de decisão que determina sua presença em oitiva de testemunhas
Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolaram recurso nesta terça-feira (18) contra decisão do juiz Sergio Moro que determina a presença do petistanas audiências de suas testemunhas de defesa.
Segundo o advogado Cristiano Zanin Martis, a decisão de Moro, que é responsável pelas ações da Lava Jato em Curitiba, “não tem amparo legal” e que “o juiz não pode inovar ou criar situações ou penas que não estejam expressamente previstas na lei”.
Lula listou 87 testemunhas em uma das três ações criminais que responde na Lava Jato -uma delas, no entanto, está repetida. Entre elas, há ex-ministros do seu governo, senadores, deputados, embaixadores, executivos e ex-executivos de bancos e funcionários da Petrobras.
Em despacho desta segunda (17), Moro disse que o número é “bastante exagerado” e é “absolutamente desnecessário” escutar todas, já que algumas foram ouvidas em outras ações e seus depoimentos poderiam ser “emprestados” para o processo.
“Não obstante, já que este julgador terá que ouvir oitenta e sete testemunhas da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, além de dezenas de outras, embora em menor número arroladas pelos demais acusados, fica consignado que será exigida a presença do acusado Luiz Inácio Lula da Silva nas audiências nas quais serão ouvidas as testemunhas arroladas por sua própria defesa”, afirmou Moro.
O ex-presidente e os outros réus não precisariam, de acordo com o despacho do juiz, de assistir aos depoimentos das testemunhas de acusação.
“Aquele juízo afrontou o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos acolhido pela ONU (Decreto nº 592/1992 – artigo 14, 3, “e”), que assegura ao jurisdicionado o direito ‘De interrogar ou fazer interrogar as testemunhas de acusação e de obter o comparecimento e o interrogatório das testemunhas de defesa nas mesmas condições de que dispõem as de acusação’”, disse o advogado de Lula, em nota.
No recurso, Martins pede esclarecimento do juiz sobre qual a previsão legal que Moro se baseou para tomar a decisão.
Nesse processo, a acusação dos procuradores contra o ex-presidente afirma que parte das propinas pagas pela Odebrecht em contratos com a Petrobras foi destinada a aquisição de imóvel para o Instituto Lula, que não chegou a ser efetuada, e para comprar um apartamento vizinho à cobertura onde mora a família de Lula.
A defesa do ex-presidente afirma que Lula e sua família “jamais foram beneficiados por qualquer dos dois imóveis indicados na denúncia” ou “receberam qualquer vantagem indevida de contratos da Petrobras”.
Uma das testemunhas listada pelos advogados de Lula é Manuel Fernandes Rodrigues de Sousa, gerente da KPMG, que tem o nome grafado como “Souza” e “Sousa” na lista entregue a Moro.
Questionado pela reportagem sobre a testemunha em duplicidade, Martins não se manifestou.
O ex-presidente também é réu em outras duas ações penais na Lava Jato. Está previsto que ele irá depor a Moro em uma delas, no dia 3 de maio.
POSTURA
A decisão de Moro em manter um acusado ao lado das testemunhas não é usual no direito criminal, segundo advogados consultados pela Folha. Eles citam que o Código de Processo Penal prevê a indicação de um máximo de oito testemunhas por fato —se houver dez fatos em um processo, por exemplo, a defesa tem direito de convocar oitenta testemunhas.
Caso entendesse que o número de depoimentos fosse excessivo, Moro poderia vetar o número de convocados pelos advogados de Lula ou conferir prazo para adequação. Como o juiz acatou o pedido da defesa, a interpretação é de que o número não é excessivo.
Guilherme Madi Rezende, advogado criminal e diretor do Instituto do Direito de Defesa, avalia a postura do juiz como “equivocada”. “Ele não pode condicionar a oitiva à presença do réu. Ou ele indefere o excesso [de testemunhas] ou defere”, diz.
Para Rezende, o despacho viola o direito de presença. “O réu tem direito de estar presente nas audiências, não a obrigação”, afirma. “O fato de não estar presente não pode acarretar nenhum tipo de sanção. O juiz não pode condicionar a oitiva à presença do réu.”
A exceção, pontua, são réus que estão em liberdade provisória —nesses casos, o não comparecimento gera revogação da progressão da pena. Não é o caso de Lula.
Entre os recursos possíveis, a defesa pode pedir habeas corpus que dispense o ex-presidente de comparecer às oitivas.
Na segunda (17), após a publicação do despacho, a defesa de Lula afirmou que Moro “adota o direito penal do inimigo em relação a Lula” e “pretende, claramente, desqualificar a defesa e manter Lula em cidade diversa da qual ele reside para atrapalhar suas atividades políticas”.
VEJA A LISTA DE TESTEMUNHAS ENTREGUE PELA DEFESA DE LULA:
1) Renan Calheiros (PMDB-AL), senador
2) Romero Jucá (PMDB-RR), senador
3) Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete e ex-ministro
4) Jaques Wagner, ex-ministro
5) José Múcio Monteiro Filho, ministro do TCU
6) Henrique Meirelles, ministro da Fazenda
7) Henrique Fontana (PT-RS), ex-deputado federal
8) Luiz Fernando Furlan, ex-ministro
9) José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras
10) Silvio Pettengill Neto, procurador do Ministério Público Federal
11) Mariana Fernandes da Silva, advogada da Petrobras
12) Claudio Fonteles, ex-procurador-geral da República
13) Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, ex-procurador-geral da República
14) Jorge Hage, ex-ministro da CGU
15) Aldo Rebelo, ex-ministro
16) Alexandre Padilha, ex-ministro
17) Ricardo Berzoini, ex-ministro
18) Arlindo Chinaglia (PT-SP), deputado federal
19) Valmir Moraes da Silva, segurança
20) Marco Edson Gonçalves Dias, general e ex-chefe da segurança de Lula
21) Geraldo Corrêa de Lyra Junior, coronel
22) Rui Chagas de Mesquita, brigadeiro
23) Malu Gaspar, jornalista
24) Marcos Leal Raposo Lopes, embaixador do Brasil no Peru
25) Paulo Cesar de Oliveira Campos, embaixador do Brasil na França
26) Walfrido dos Mares Guia, ex-ministro
27) Tarso Genro, ex-ministro
28) Paulo Lacerda, ex-diretor-geral da Polícia Federal
29) Luiz Fernando Correa, ex-diretor-geral da Polícia Federal
30) Eurico Cursino dos Santos, consultor legislativo no Senado
31) Francisco Alberto Aires Mesquita, coronel da Aeronáutica
32) Zeca do PT (PT-MS), deputado federal
33) José Paulo Assis, ex-gerente da Petrobras
34) Helio Shiguenobu Fujikawa, ex-secretário-geral da Petrobras
35) Alan Kardec Pinto, ex-diretor de Biocombustíveis da Petrobras
36) Mário Márcio Castrillon de Aquino, ex-gerente da Petrobras
37) Fernando Almeida Biato, ex-gerente da Petrobras
38) Marcelino Guedes Ferreira Mosqueira Gomes, ex-presidente da refinaria Abreu e Lima
39) José Lima de Andrade Neto, ex-presidente da BR Distribuidora
40) Paulo Cezar Farah Muniz, funcionário da Petrobras
41) Marcos da Cunha Henriques, funcionário da Petrobras
42) Tarcísio Rossêto, funcionário da Petrobras
43) Paulo Marcelo de Figueiredo Montes, funcionário da Petrobras
44) Alexandre Lugtenburg de Garcia, funcionário da Petrobras
45) Nilo Victor de Oliveira, funcionário da Petrobras
46) Rômulo de Miranda Coelho, funcionário da Petrobras
47) Paulo Tarciso Okamotto, presidente do Instituto Lula
48) Clara Levin Ant, secretária de Lula
49) Celso Marcondes, diretor do Instituto Lula
50) Luiz Soares Dulci, ex-ministro
51) Paulo de Tarso Vanucchi, ex-ministro
52) Marcelo Carvalho Ferraz, sócio da empresa que apresentou estudo de construção do Museu do Trabalhador
53) Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES
54) Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho de administração do Grupo Gerdal
55) Fábio Colletti Barbosa, ex-presidente do Grupo Santander
56) Mirian Belchior, ex-ministra
57) Maria Lúcia de Olive ira Falcón, ex-presidente do Incra
58) Almir Guilherme Barbassa, ex-diretor financeiro da Petrobras
Executivos e ex-executivos de bancos:
59) Bruno Boetger (Bradesco BBI)
60) João Paulo Torres (Merrill Lynch)
61) Paulo Mendes (JP Morgan)
62) Persio Dangot (Citigroup)
63) Fernando Fontes Iunes (Itaú BBA)
64) Glenn Mallett (Santander)
65) Marcelo de Souza Sobreira (Banco do Brasil)
66) Fabio Nazari (BTG Pactual)
67) Graciema Bertoletti (Crédit Agricole)
68) Denis Jungerman (TGP Capital)
69) Antônio Pereira (Goldman Sachs)
70) Mikael Malka (HSBC)
71) Patrícia Moraes (JP Morgan)
72) Nicole Rodrigues Canizelo (Societe Generale)
73) Thiago Dias (Safra)
74) Márcio Pepino (BES Investimento)
75) Caio Scantamburlo Costa (Deutsche Bank)
76) Roberto Roma (Votorantim)
Advogados:
77) Daniel de Miranda Facó
78) Luiz Leonardo Cantidiano
79) Nicholas Grabar
80) Sérgio Spinelli Silva Jr.
81) Renato Schermann Ximenes de Melo
82) Stuart K. Fleischmann
83) Robert Ellison, advogado
Contadores de empresas de auditorias:
84) Paulo José Machado (Ernst & Young)
85) Manuel Fernandes Rodrigues de Sousa (KPMG)
86) Manuel Fernandes Rodrigues de Souza (KPMG)
87) Bernardo Moreira Peixoto Neto (KPMG)
Lula e Dilma venceram com caixa 2, admitem marqueteiros. É gópi!

O marqueteiro João Santana orienta Dilma Rousseff e Lula a explorar mentiras e meias-verdades
– Mônica Moura, esposa e sócia do marqueteiro João Santana, confirmou ao juiz Sérgio Moro que recebeu dinheiro de caixa 2 da Odebrecht nas campanhas de Dilma Rousseff de 2010 (com intermediação de Antônio Palocci) e 2014 (com intermediação de Guido Mantega). É gópi! #7anosdegolpe
– Sempre trabalhamos com caixa 2, confessou Mônica Moura. É gópi! Todos os governantes assim eleitos no Brasil e no exterior deveriam ser cassados.
– Lula foi reeleito em 2006 com pagamentos de caixa 2 a João Santana, intermediados por Palocci, confirmou Mônica Moura. É gópi! #11anosdegolpe
– Em maio de 2006, Palocci disse a Santana, segundo o próprio Santana: “Olha, infelizmente não vai poder ser tudo com recurso contabilizado por causa das dificuldades naturais, por causa da cultura existente, mas nós temos uma empresa que dá total garantia à realização para fazer o pagamento.”
Petistas como Palocci parecem ter “dificuldades naturais” de serem honestos.
– Palocci, mantido preso pelo STJ, deveria trocar logo a gratidão de Lula com seu silêncio na cadeia por uma delação que o fará livre e menos odiado pelo povo.
– João Santana: “Eu, candidamente, singelamente, imaginava que a Odebrecht só pagasse, pelo menos na minha área, para mim. Hoje eu vejo que até mesmo na minha área vários marqueteiros receberam assim. Alguns já apareceram e pode ser que apareçam muito mais.” Tão ingênuo esse João, não é mesmo?
– João Santana também afirmou que mentiu para tentar manter Dilma no cargo. Quando foi preso, disse que dinheiro recebido no exterior era de campanhas de outros países. Não era. É gópi!
– Santana: “Na época, [estava] ainda atordoado, um dia depois da prisão, e também preocupado com a própria estabilidade política e manutenção do cargo da presidente Dilma. Eu cometi o equívoco, eu menti para a Justiça sobre isso. Por isso, a primeira versão minha, que esses recursos eram todos de campanhas no exterior. Não estava mentindo de todo, porque boa parte dos recursos provinha disso”. Meias-verdades são mentiras inteiras.
– Santana relatou ainda que foi remunerado por fora pela Odebrecht, com intermediação de Palocci, nas campanhas municipais dos também petistas Fernando Haddad, em São Paulo, e Patrus Ananias, em Belo Horizonte, em 2012; e de Marta Suplicy (hoje no PMDB), em São Paulo, e Gleisi Hoffmann, em Curitiba, em 2008. É tudo gópi!
– Odebrecht só pagou campanha de Mauricio Funes em El Salvador após intervenção de Lula, disse o delator Hilberto Mascarenhas, responsável pelo setor de propinas da empreiteira. Fraudar democracias no país e no exterior deveria render prisão perpétua.
– Funes era casado com a militante petista Vanda Pignato, que, segundo Hilberto, foi quem pediu a Lula para Santana ser o marqueteiro do marido e depois ainda reclamou com o “Amigo” que Marcelo Odebrecht queria pagar pela campanha inteira 3 milhões de reais, e não de dólares (5,3 milhões de reais).
– Funes era parceiro de Lula no Foro de São Paulo. Relembro a propaganda do encontro do Foro de 2016, em El Salvador, feita pelo ex-presidente daquele país:
– Em 2013, o secretário executivo do Foro de São Paulo, Valter Pomar, falou ao site do Foro sobre o desejo do PT de emplacar o vice e sucessor esquerdista de Funes, Salvador Sanchez Ceren, da FMLN, que acabou eleito:
“É bom lembrar, também, que o governo de Maurício Funes é muito identificado com a experiência do governo Lula: vencer lá terá um significado especial para nós.”
É uma identificação especial com a Odebrecht.
– STF declara Sport, não Flamengo, campeão brasileiro de 1987. Com sorte, STF mandará prender delatados pela Odebrecht em 2047.