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Especialistas debatem o papel das enzimas na saúde e nutrição animal

A unidade de Saúde e Nutrição Animal da Kemin, fabricante global de ingredientes, reuniu renomados especialistas, clientes e profissionais do setor em um evento voltado para discutir o uso de enzimas na nutrição de aves e suínos. O encontro destacou a relevância dessas tecnologias para otimizar a alimentação animal, reduzir custos e promover a saúde intestinal.

Nutrição de precisão e o papel das enzimas

A gerente de produtos da Kemin, Gisele Neri, explicou como a nutrição de precisão e as enzimas estão interligadas: “A nutrição de precisão utiliza informações detalhadas sobre os requerimentos nutricionais dos animais e a composição dos ingredientes para melhorar a eficiência alimentar e reduzir os custos das dietas, que representam entre 60% e 70% dos custos totais da produção.”

As enzimas, como xilanase e protease, têm um papel central nesse processo. “Ambas possibilitam maior aproveitamento de nutrientes, melhor saúde intestinal e performance superior. Além disso, a xilanase tem um importante efeito prebiótico, alterando positivamente a microbiota intestinal e reduzindo bactérias patógenas, enquanto a protease melhora a digestibilidade das proteínas e aminoácidos, aumentando o aproveitamento pelo animal e consequentemente reduzindo a excreção de Nitrogênio”, detalhou Gisele.

Pontos-chave das palestras

André Fávero, zootecnista e consultor na área de Formulação de Rações, destacou, em sua apresentação, que as dietas brasileiras oferecem oportunidades significativas para o uso de xilanases: “Além de ganhos diretos, como o aumento de energia para os animais, as enzimas contribuem para a qualidade das rações peletizadas, reduzindo a necessidade de óleo. O futuro das enzimas está na evolução genética dos microrganismos que as produzem, tornando-as ainda mais eficientes.”

Melissa Hannas, professora da área de Nutrição e Produção de Monogástricos da Universidade Federal de Viçosa, por sua vez, enfatizou o potencial inexplorado dos ingredientes utilizados na alimentação animal: “A xilanase e a protease maximizam o uso dos alimentos, gerando retorno econômico e impacto positivo na saúde intestinal. O futuro trará enzimas mais resistentes às temperaturas de processamento e com melhor ação no trato digestório.”

A visão prática do produtor

Para Ricardo Ivanovski, gerente técnico de avicultura, detalha que o uso de enzimas como protease e xilanase é de consenso pela maioria dos nutricionistas do mercado. “Elas reduzem os custos e mantêm a uniformidade das dietas, diante da variabilidade nutricional das matérias primas. O evento foi uma oportunidade valiosa para alinhar teoria e prática, promovendo a troca de experiências.”

Desafios e oportunidades

Entre os desafios abordados, André Fávero destacou a necessidade de garantir a integridade das enzimas no processo térmico das rações, enquanto Melissa Hannas reforçou a importância do conhecimento detalhado dos ingredientes para otimizar a ação das enzimas.

Impacto na saúde e desempenho produtivo

O consenso entre os especialistas é que o uso de enzimas contribui para animais mais saudáveis e produtivos. No caso de frangos, por exemplo, Gisele destacou que os benefícios vão além do melhor aproveitamento dos nutrientes da dieta:
“Há um maior rendimento de carcaça e cortes nobres, graças à liberação de aminoácidos pelas proteases, por exemplo. Isso se traduz em resultados econômicos concretos para os produtores.”

Iniciativas da Kemin

A Kemin apresenta soluções inovadoras para a nutrição animal com seus produtos KEMZYME™ Protease e XYGEST™ HT, que destacam eficiência, sustentabilidade e saúde animal. A KEMZYME™ Protease combina três tipos de proteases (ácida, neutra e alcalina) para atuar em todo o trato gastrointestinal, maximizando a digestão de proteínas e aminoácidos em diferentes condições de pH. Com isso, promove uma maior utilização de nitrogênio, reduz custos na formulação de rações e contribui para a sustentabilidade ambiental ao diminuir a excreção de nitrogênio. Já a XYGEST™ HT, uma xilanase intrinsecamente termoestável, otimiza a digestibilidade das fibras alimentares, aumenta a eficiência alimentar e reduz os custos de ração, suportando temperaturas de processamento de até 95 °C. Ambos os produtos oferecem soluções completas que combinam resultados zootécnicos superiores, economia e suporte técnico especializado, adaptados às necessidades específicas dos produtores.

O evento reafirmou que as enzimas são uma peça-chave para o avanço da nutrição de precisão, oferecendo benefícios zootécnicos, econômicos e ambientais para a produção animal moderna.

Fonte: Mariana Cremasco 

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