Começou ontem, quarta-feira, em Porto Alegre, o 3º Encontro Nacional de Epidemiologia Veterinária. O evento, que conta com a presença de quase duzentos médicos veterinários de todo o país e também do Uruguai e da Alemanha mostra a importância desta ferramenta para auxiliar na definição de políticas relacionadas à saúde animal. Epidemiologia é o estudo dos fatores que interferem na propagação de doenças, encontrando formas de prevenção e controle mais eficientes.
Conforme um dos organizadores do evento, Luis Gustavo Corbellini, um dos grandes tópicos do evento é entender melhor como a epidemiologia pode se inserir nas políticas públicas, utilizando inteligência e otimizando recursos. “É uma ferramenta fundamental para entender onde estão as doenças, e as áreas silenciosas, baseado nas notificações”, explica. Segundo Corbellini, a epidemiologia se torna ainda mais importante no momento em que o Brasil trabalha para a erradicação da febre aftosa. “Com o programa há uma mudança no sistema de vigilância e a epidemiologia pode aumentar a eficiência das ações, considerando áreas de risco”.
O professor Mauro Riegert Borba, que também é organizador do Enepi, aponta que temas importantes nas cadeias de aves, suínos, bovinos, pescado e também relacionados a zoonoses contribuem para uma visão ampla sobre o uso da epidemiologia na chamada saúde única.
O Fundesa é apoiador do evento e aportou recursos também para a participação de vinte profissionais do serviço veterinário oficial do Rio Grande do Sul. Para o presidente do Fundo, Rogério Kerber, “aumentar o conhecimento sobre o tema contribuirá de forma significativa para que os trabalhos de vigilância, controle e combate a enfermidades sejam mais eficientes.”
O evento termina na sexta-feira com uma mesa-redonda intitulada “Academia e Serviço Veterinário Oficial: Campo fértil para interações em epidemiologia?”.
Fonte/crédito: Fundesa Por Thais D’ávila