Importações de fertilizantes seguem e garantem o abastecimento do mercado, mas as crises geopolíticas podem ter mudado o movimento do consumo.
A Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) indica que as entregas de fertilizantes ao mercado brasileiro, no acumulado de janeiro a setembro de 2022, foram de 30.101 milhões de toneladas, com redução de 10,5% ante as 33,633 milhões de tonelada registradas em igual período do ano passado. No mês de setembro, foram entregues 4.191 milhões de toneladas, registrando redução de 12,6% em relação ao mesmo mês de 2021, quando foram registradas 4.794 milhões de toneladas.
O Estado de Mato Grosso, líder nas entregas ao mercado, concentra maior volume no período analisado (23,8%), atingindo 7.150 milhão de toneladas. Seguem-se: Goiás (3.324 mil), Paraná (3.252 mil), São Paulo (3.208 mil) e Minas Gerais (2.688 mil).
As importações de fertilizantes continuam chegando ao Brasil, embora em ritmo diferente do usual, indica a Anda. As crises geopolíticas podem ter antecipado o movimento das compras como prevenção ao desabastecimento.
Produção Nacional
A produção nacional de fertilizantes intermediários encerrou setembro de 2022 com 564 mil toneladas, representando uma queda de 10,9%, na comparação com o mesmo mês de 2021. No acumulado de janeiro a setembro de 2022, foram 5.626 milhão de toneladas, com aumento de 6,7% em relação a igual período do ano passado, quando foram produzidas 5.274 milhão toneladas.
Importações
As importações de fertilizantes intermediários alcançaram em setembro 3.139 milhões de toneladas, com redução de 26,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro de 2022, o total foi de 27.404 milhões de toneladas, significando redução de 3% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram importadas 28.247 milhões de toneladas.
No porto de Paranaguá, principal porta de entrada dos fertilizantes, ingressaram 7.673 milhões de toneladas, com redução de 6,1% em relação a 2021, quando foram descarregadas 8.167 milhão de toneladas. O terminal representou 28% do total importado (fonte: Siacesp/MDIC).
Fonte: Kevin Costner
