Durante a edição deste ano da Tecnoshow Comigo, produtores e técnicos vão conhecer uma leguminosa da Embrapa eficiente no controle natural de nematoides. O evento, que começou nesta segunda-feira (7), ocorre até o dia 11 de abril, em Rio Verde, Goiás.
O Guandu BRS Guatã, lançado recentemente pela Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP), é resistente a nematoides, apresenta alta produtividade e florescimento precoce. Além disso, atua para fixação biológica de Nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e serve para alimentação animal.
A Embrapa também vai apresentar os benefícios de outra leguminosa, o Guandu BRS Mandarim, conhecida pela capacidade de recuperação de pastagens degradadas e alimentação de bovinos.
Parcelas das duas tecnologias foram plantadas no local para que os visitantes conheçam as principais características e diferenças entre o Guatã e o Mandarim.
Guatã
A principal vantagem da cultivar BRS Guatã é no controle de quatro espécies de nematoides, que são pragas capazes de causar prejuízos anuais à agricultura nacional de R$ 35 bilhões, segundo a Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN). Esses parasitas atacam culturas de grande relevância econômica, como soja, cana-de-açúcar e feijão.
A cultivar ainda apresenta melhorias nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo por fixação de Nitrogênio, contribuindo para a recuperação das pastagens sem a necessidade de fertilizantes químicos nitrogenados.
Na época seca, quando as pastagens não apresentam boas condições, o Guandu BRS Guatã serve de alimento de qualidade para os bovinos, sendo uma alternativa de baixo custo para a suplementação volumosa.
Outra boa notícia dessa variedade é a alta tolerância ao déficit hídrico, produzindo três toneladas de massa seca por hectare em condições de sequeiro, valor estatisticamente igual à produção em condições irrigadas. Essa capacidade torna o Guatã uma cultura estratégica para a adaptação da agricultura e da pecuária às mudanças climáticas, com períodos cada vez maiores de baixa disponibilidade de água.
A propagação ocorre por meio de sementes e tem boa produtividade. É recomendada para as regiões Centro-Oeste (DF, GO, MT e MS) e Sudeste (MG e SP).
Guandu BRS Mandarim
A leguminosa Guandu BRS Mandarim é conhecida, principalmente, pela capacidade de recuperar áreas degradadas quando consorciada com braquiária e para alimentação animal.
Com alto potencial para adubação verde, o Mandarim melhora a fertilidade do solo e a qualidade do pasto. Seu uso dispensa a adubação nitrogenada para recuperar o pasto, uma vez que o resíduo proveniente da sua roçada funciona como adubo verde, disponibilizando Nitrogênio no sistema.
As duas tecnologias contribuem com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, com a meta 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável, já que colaboram para a sustentabilidade dos sistemas de produção e com a melhoria da qualidade dos produtos, beneficiando tanto os produtores quanto o sistema de produção pecuário.
Fonte: Gisele Rosso