Durante a AgroBrasília 2025, realizada de 20 a 24 de maio, a Emater-DF apresentou o programa “Emater-DF no Clima”, que tem como objetivo inserir produtores rurais do Distrito Federal no mercado de carbono. A iniciativa reconhece práticas já adotadas — como restauração florestal, agricultura regenerativa e manejo adequado do solo — como geradoras de créditos de carbono. Essa é uma forma de compensar emissões de gases de efeito estufa, permitindo que empresas e organizações adquiram créditos provenientes de projetos que reduzem ou capturam carbono.
A engenheira ambiental e extensionista rural da Emater-DF, Iclea Almeida, destaca: “Produtores que adotam práticas conservacionistas, como a recuperação de pastagens, podem gerar créditos de carbono e comercializá-los no mercado”.
O programa oferece suporte técnico para a adoção de novas práticas de conservação ambiental e orienta os produtores sobre como acessar o mercado de carbono, seja no ambiente regulado ou no voluntário.
Fruticultura
No Circuito de Fruticultura, a Emater-DF apresentou tecnologias e estratégias de cultivo com o objetivo de impulsionar a produção de frutas no Distrito Federal. Entre os destaques estão o consórcio de açaí com banana, o cultivo de mirtilo em sistema semi-hidropônico e a produção de pitaia.
O extensionista Felipe Camargo, responsável pelo circuito, afirma que o DF possui potencial para se tornar referência em fruticultura de alto desempenho, unindo tecnologia e sustentabilidade.
Ampliação do crédito rural
Durante a feira, a Emater-DF e o Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil (Sicoob) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o objetivo de ampliar as opções de crédito para os produtores rurais atendidos pela empresa.
Cleison Duval, presidente da Emater-DF, ressaltou a relevância da iniciativa: “Esse acordo fortalece ainda mais nosso trabalho, com potencial para beneficiar as 28 mil famílias da área rural do DF que atendemos. Com esse reforço, esperamos levar desenvolvimento ao campo, transformando a vida das famílias que produzem o nosso alimento”.
Bovinocultura
No Circuito de Bovinocultura, a Emater-DF apresentou tecnologias que contribuem para o aumento da produtividade, a redução de custos e a promoção da sustentabilidade. Entre os destaques estão o processo de ensilagem — técnica que conserva alimentos volumosos por meio de fermentação anaeróbica — e o cercamento elétrico, alternativa moderna e econômica para o manejo de pastagens.
O zootecnista Maximiliano Cardoso, coordenador de Ruminantes e Equídeos da Emater-DF, ressalta: “Se o sistema for bem conduzido, de forma eficiente e com redução de perdas, pode representar um bom retorno econômico-financeiro para a atividade”.
Agroindústria
No Circuito da Agroindústria, a Emater-DF apresentou a Portaria de Registro Provisório das Queijarias Artesanais e de Pequeno Porte, elaborada em parceria com a Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF). A iniciativa visa estimular a valorização e a regularização da produção local, oferecendo orientações técnicas sobre estrutura, higiene, rotulagem e legislação sanitária.
O extensionista rural Paulo Alvares explica: “O registro provisório representa um avanço importante para os produtores artesanais de queijo do DF, pois eles têm a oportunidade de comercializar um produto regularizado enquanto se capitalizam para adquirir os equipamentos necessários ou concluir alguma obra”.
Inovações tecnológicas
Cleison Duval, presidente da Emater-DF, enfatizou a relevância das inovações apresentadas na AgroBrasília 2025: “A Emater-DF está trazendo aos produtores rurais, principalmente aos pequenos e médios agricultores familiares, tecnologias e inovações aplicáveis a diversas cadeias produtivas”.
Segundo ele, uma das frentes que mais se destacaram este ano foi a da agroindústria, em especial no que se refere à produção de leite e carne. “Já vínhamos trabalhando a transformação desses produtos, mas neste ano decidimos mostrar, na prática, como funciona realmente a agregação de valor”, esclarece.
Fonte: AgroBrasília