Em três edições, leilão virtual do cavalo pantaneiro supera R$ 3 milhões em faturamento
Em três edições, o leilão virtual do cavalo pantaneiro superou R$ 3 milhões na comercialização de mais de 250 animais, margem de negócios colocou a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Pantaneiro (ABCCP) em destaque no mercado rural estadual e nacional durante a pandemia da Covid-19.
O último leilão foi realizado por criadores de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no dia 7 de agosto, quando foram comercializados 80 animais, que atingiram uma média surpreendente: garanhões foram vendidos a R$ 29 mil; machos castrados, R$ 10,5 mil; e as fêmeas montadas, R$ 14,3 mil.
Para o presidente da ABCCP, Leandro Pio, os leilões virtuais vieram para ficar, por isso, ele pretende dar continuidade a esse trabalho que é muito dinâmico. “Nosso projeto colocou o cavalo pantaneiro em destaque e fez a economia girar na nossa região, mas, sem desrespeitar as medidas de saúde”.
Ao ser questionado sobre o diferencial da raça, ele explica que uma das grandes vantagens do cavalo pantaneiro é o seu valor genético, pois descendem de animais utilizados pelas tropas portuguesas e que nas últimas centenas de anos se adaptaram às condições climáticas e de solo da região do Pantanal.
“É cavalo pantaneiro de porte médio, ótimo desempenho funcional e agilidade em provas equestres (enduro e rédeas), com exemplares bem colocados em competições nacionais. São bastante reconhecidos por sua rusticidade, resistência e versatilidade, além de serem muito dóceis”.
Desde o ano passado, os criadores pantaneiros apostaram nas novas alternativas para superação da crise, um esforço conjunto que ajudou a ampliar as vendas para estados vizinhos, como Pará, Rondônia, Goiás e também para a Bolívia.
O diretor da ABCCP, Breno Molina, do Haras Onça Pintada, acrescenta que do início de 2021 para agosto, a média de vendas subiu, já que os reprodutores tinham sido vendidos a R$ 24 mil; as fêmeas por R$ 11 mil; e os machos castrados R$ 7,8 mil.
“A maioria de nós é filho e neto de criadores da região, filhos do Pantanal, e por isso trabalhamos incansavelmente para que a raça pantaneira se expanda por todo o país, mas, sem esquecer as origens. É gratificante participar dessa agenda porque o cavalo pantaneiro é mais que um bom negócio, ele é um patrimônio do Brasil”.
Força na pecuária – Breno Molina, que atuou durante dois anos como presidente da Associação dos Criadores Nelore de Mato Grosso (ACNMT), destaca a importância do trabalho da ABCCP para entregar ao setor da pecuária os melhores cavalos, que estão entre as principais ferramentas de trabalho do homem do campo. Mato Grosso é um dos maiores produtores de alimentos do país e tem maior rebanho bovino, com mais de 31 milhões de cabeças. “Estamos satisfeitos em contribuir com o setor agro, que em nenhum momento parou de trabalhar e vêm fazendo muito pelo país”.
Fonte: Rose Domingues