O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, marcou presença no ‘Fórum do Agronegócio de Niquelândia’, que aconteceu no último dia (2). O encontro foi realizado em parceria com o Sindicato Rural (SR) de Niquelândia, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Goiás (Sebrae Goiás) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cerrado). A proposta foi discutir e apresentar soluções para reerguer a economia do município. Empresários, estudantes, produtores rurais e técnicos participaram da reunião.
O encontro trouxe como discussão central o pacto pelo desenvolvimento de Niquelândia, que no início deste ano sofreu grande impacto social e financeiro com o encerramento das atividades do grupo Votorantim Metais. Na época, a empresa que explorava minério de níquel dispensou cerca de mil trabalhadores. O acordo consiste numa espécie de força tarefa com ações conjuntas para que os produtores locais redescubram o potencial econômico de Niquelândia. De acordo com Schreiner, o pacto servirá de modelo para outros municípios goianos, que saberão como tirar proveito da crise que todo país vivencia.
Interesses
Na ocasião, José Mário comentou sobre a importância do trabalho de reconstrução da autoestima dos produtores, para que eles encontrem estímulos para voltarem a desenvolver alguma atividade. “Temos aqui três técnicos para realizar um trabalho consistente e sólido com os produtores, que começaram a se reconstruir. Independente da atividade, seja ela mel, alho, piscicultura ou floricultura, nosso papel é dar suporte para o melhor desenvolvimento da produção”, sinalizou.
O presidente também explanou sobre a crise internacional em todo Brasil. Para ele, é preciso ser otimista. “Apesar de Niquelândia ter sofrido um grande baque, ela demonstra maturidade para buscar parceiros e se reinventar dentro do setor produtivo. A saída da Votorantim não representa uma catástrofe, mas uma nova oportunidade para os moradores redescobrirem seu potencial humano, que estava adormecido”, pontuou.
Solução
Como saída para o problema, o Sebrae, um dos parceiros de cooperação pelo desenvolvimento de Niquelândia, fez um levantamento da situação econômica deste município. O diagnóstico serviu para identificar as potencialidades da região, permitindo que os produtores empreendam em alguma atividade. Segundo o diretor técnico do Sebrae Goiás, Wanderson Portugal, o trabalho permite que os produtores busquem uma solução de emprego e renda. “Identificamos forte potencialidade nas atividades do alho, mel, piscicultura e fruticultura”, destacou.
Potencialidades
Dentre as culturas que mais se destacam em Niquelândia estão a piscicultura e o mel, potencialidades para geração de emprego e renda, a curto e médio prazo.
Larissa Meloprodutor Gervaci Silva, que produz mel. Com o apoio dos técnicos do Senar Goiás ele hoje desenvolve a atividade. A Votorantim tem também uma estrutura desenvolvida para o cultivo do mel, mas infelizmente por falta de matéria-prima o local está parado.