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Durante Feira NaturalTech, Conexsus lança Programa Mercados Responsáveis para conectar negócios comunitários a compradores comprometidos com sustentabilidade

O Instituto Conexões Sustentáveis (Conexsus) lançou, nesta quinta (12) o Programa Mercados Responsáveis (PMR), uma estratégia voltada à ativação de conexões comerciais sustentáveis entre negócios comunitários e agentes compradores dos setores público e privado. O lançamento ocorreu durante a Feira NaturalTech, em São Paulo, com estande expositivo e painel temático com especialistas.

“O Programa Mercados Responsáveis busca catalisar soluções para viabilizar compras responsáveis de produtos e insumos da sociobiodiversidade brasileira”, afirma Mateus Rocha, coordenador do programa. A iniciativa integra os esforços da Conexsus para ativar o ecossistema de impacto socioambiental com base comunitária, por meio de alianças e arranjos territoriais sólidos, que contribuam para a conservação dos biomas brasileiros e a geração de renda justa no campo.

Fabíola Zerbini, diretora executiva da Conexsus, defende a importância do programa como um próximo passo de fortalecimento dos negócios comunitários e da garantia da floresta em pé, produzindo de maneira sustentável. “Mais de 50% das áreas protegidas da Amazônia estão aos cuidados de povos e comunidades tradicionais, povos indígenas e da reforma agrária. Se considerarmos os agricultores familiares, esse percentual chega a 60%. Essa é a importância de dar viabilidade e governança econômica e territorial para essas populações. Impulsionar os negócios comunitários é essencial para combater à crise climática”, explica Fabíola.

O PMR se estrutura em dois eixos principais, a assessoria comercial, com orientação técnica, ativação de soluções e sistematização de dados que impulsionam o desempenho dos negócios comunitários, e compras responsáveis, estimulando o ecossistema comprador, identificando, engajando e acompanhando empresas e instituições públicas interessadas em práticas de aquisição responsáveis.

Juliana Oler, gerente de sustentabilidade da Oakberry, destaca a importância do engajamento das empresas não só com compras responsáveis, mas também no fortalecimento das cooperativas. “Compramos 98% do açaí de cooperativas extrativistas, principalmente do Marajó e do Baixo Tocantins. Temos o olhar voltado para o desenvolvimento dos territórios e dos coletivos. É preciso expandir de forma consciente, valorizando a cultura e agregando valor para quem produz”. Ela ainda reforçou que “não se pode obrigar empresas a fazer compras responsáveis, mas é possível empoderar as cooperativas para que escolham com quem negociar”.

Dados do Desafio Conexsus mostram o potencial e os desafios dos negócios comunitários (NCs). Apesar de 90% das cooperativas e associações adotarem práticas de produção sustentável, apenas 10% conseguem acesso a crédito ou financiamento e 35% conseguem acessar o mercado de varejo. A logística é apontada como uma das principais barreiras, o que limita a presença dos produtos em mercados maiores.

“O PMR atua para estruturar arranjos comerciais sustentáveis, entendendo que nem todo NC consegue fornecer isoladamente. Por isso, fortalecemos o conjunto: com papéis claros, é possível dissolver problemas e superar gargalos como a logística ou a antecipação de recursos para colheitas”, destaca Rocha.

Já Alexandre Lage, gerente comercial da Central do Cerrado, destacou a importância da sociobiodiversidade e a necessidade de acesso a novos mercados e ao crédito. “Muitas vezes não há sequer estudos sobre os alimentos que produzimos, o que dificulta coisas básicas como uma tabela nutricional. O que falta, na maioria das vezes, é crédito para usarmos e expandirmos nossa atuação”.

As parcerias com os negócios comunitários é o ponto fundamental para Monique Fascina, da Greentech. A empresa compartilhou o caso de sucesso do composto contra a caspa, extraído da casca de juá por uma cooperativa do Cerrado mineiro:

“Esse é um exemplo claro de que é impossível construir sozinho. A parceria com a Cooperativa Grande Sertão é essencial para entregar inovação com sustentabilidade”.

Fonte: Imprensa Conexsus

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