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Durante a colheita da cevada é importante monitorar de perto o teor de umidade

Com as melhores condições climáticas, a colheita de cevada cultivada nos estados do Paraná e São Paulo, dentro da área de abrangência da Capal Cooperativa, está se aproximando do término. Até meados de outubro, prevê-se que 90% da área já esteja colhida, em comparação com os 80% registrados na semana anterior. Assim como outros cereais de inverno, a cevada é sensível às condições de umidade, e a ocorrência de chuvas durante o período de colheita representa o principal desafio dos produtores.

A produção de cevada é uma parte essencial da indústria cervejeira, mas para garantir a qualidade dos grãos e evitar problemas que comprometam a safra, é necessário monitorar de perto o teor de umidade. O engenheiro agrônomo Roney Smolarek, da empresa Loc Solution, que detém a marca Motomco de medidores de umidade de grãos, destaca a importância desses instrumentos para atender aos requisitos de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

De acordo com Smolarek, os principais requisitos de qualidade para a indústria da cerveja incluem uma umidade máxima de 13,0%, proteína máxima de 12,0%, poder germinativo mínimo de 95,0%, questões estranhas e impurezas máximas de 3, 0% e grãos avariados máximos de 5,0%. “Para atender a esses padrões, o uso de medidores de umidade de grãos é crucial, pois fornece uma medição precisa do teor de umidade, muito mais confiável do que a inspeção visual”, alerta Smolareck.

O processo de produção de cevada para a cerveja ocorre em três etapas distintas: maceração, germinação e secagem. Em cada uma dessas etapas, o medidor de umidade desempenha um papel fundamental. Ele oferece uma porcentagem do teor de umidade do grão de forma precisa, considerando até a mesma umidade interna que não é visível na superfície do grão. Além disso, esses instrumentos contam com mais de 200 curvas de produtos in natura e subprodutos para medição, permitindo a seleção da curva fechada para a cevada e o malte.

“A etapa de secagem é particularmente crucial, pois determina o ponto de encerramento dos processos químicos e biológicos, que influenciam o aroma, sabor e cor características do malte”, diz o engenheiro agrônomo, reforçando que o controle preciso do teor de umidade é essencial para garantir a qualidade do produto final. “Além disso, o uso do medidor de umidade de grãos garante a rastreabilidade nos processos.

O plantio da cevada começou em abril, uma das primeiras culturas de inverno. Na safra deste ano, a área plantada foi de 11,3 mil hectares, o que representa o dobro se comparado à safra de inverno de 2022. A expectativa é crescer em área a cada ano, buscando assim atender a demanda para o projeto da Maltaria Campos Gerais. 

A produção do grão está concentrada na região Sul, sendo o Paraná o maior produtor de cevada, com cerca de 60% da produção nacional, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral). Além do Paraná, a produção ganhou força nas áreas da Capal em São Paulo. 

Eliel Magalhães, Diretor Comercial da Capal, comenta sobre a estratégia de planejamento, com produtores optando por iniciar com cevada antes do trigo. No entanto, ele enfatiza a importância da cautela e da análise cuidadosa das variáveis antes de decidir pela plantação de cevada na próxima safra.

Eliel conclui que a agricultura é influenciada por várias variações e que é crucial seguir o posicionamento técnico na hora de definir qual cultura será implantada, pois as condições podem mudar significativamente antes da próxima safra. A produção de cevada é uma oportunidade promissora, mas a prudência continua sendo a chave para o sucesso.

Fonte: VB Comunicacao

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