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Doenças respiratórias podem limitar o potencial dos equinos?

A queda das temperaturas em boa parte do país é anúncio de que o inverno está cada vez mais próximo e, com ele, alguns fatores que influenciam na redução da performance dos equinos, como o aparecimento em maior escala de doenças respiratórias infectocontagiosas, que devem estar no radar dos criadores e dos médicos-veterinários.

“Nesta época do ano é comum que a imunidade respiratória do animal sofra uma queda, especialmente naqueles períodos com o tempo seco, e isso facilita a infecção de agentes como o vírus da Influenza Equina e a bactéria responsável pelo Garrotilho”, alerta Camila Senna, médica-veterinária e coordenadora técnica de equinos da Ceva Saúde Animal.

Muito temida no mundo equestre, a Influenza Equina é uma doença altamente contagiosa, apesar da baixa mortalidade traz grandes prejuízos. “Os impactos da influenza são tão importantes que a FEI (Federação Equestre Internacional) exige que os animais que participam de provas oficiais sejam vacinados contra a doença semestralmente. A mesma exigência também é feita pelas autoridades sanitárias do Brasil para a emissão do Guia de Transporte Animal (GTA) para todos os animais que participam de eventos esportivos, exposições, leilões, feiras, entre outros”, Camila detalha.

Os sintomas manifestados pelo animal variam de acordo com a sua imunidade, condições ambientais em que ele se encontra e a virulência do agente, mas de forma geral o primeiro sinal da Influenza Equina é febre. Os sintomas mais específicos de infecção das vias respiratórias, como corrimento nasal seroso, podendo evoluir para mucopurulenta, tosse, lacrimejamento e corrimento ocular, surgem em seguida. A somatória destes sintomas deixa o animal apático, sem apetite e, por consequência, ocorre a perda de peso e redução da performance.

O Garrotilho, doença também conhecida como Adenite Equina, tem as mesmas características da Influenza: é altamente contagioso e acomete vários animais em uma sequência muito rápida, colocando toda a propriedade e arredores em estado de alerta.

A enfermidade pode ocorrer durante todas as épocas do ano, com picos de maior incidência nas épocas mais frias e úmidas, que favorecem a sobrevivência e proliferação do agente infeccioso. Sua causadora é a bactéria Streptococcus equi (S. equi), que se instala nas células epiteliais da mucosa nasal, bucal e nasofaríngea dos equinos, formando abscessos nos linfonodos da região do pescoço do animal (retrofaríngeos e submandibulares). Após cerca de 14 dias, os abscessos rompem e liberam no ambiente uma secreção purulenta contendo a bactéria.

“Apesar de serem doenças diferentes, com agentes diferentes, tanto o Garrotilho quanto a Influenza são consideradas doenças de rebanho e demandam um repouso dos animais acometidos, o que compromete o seu trabalho, condicionamento e performance. Os dois casos, no entanto, podem ser prevenidos por meio da vacinação dos animais e um manejo sanitário mais rigoroso e atento”, reforça a médica-veterinária.

A prevenção é a forma mais eficaz de assegurar a saúde dos animais e evitar os prejuízos causados pelas doenças respiratórias, seja pelo aumento dos custos da mão de obra e do tratamento, ou pela perda de desempenho dos animais e seu isolamento necessário.

Fonte: Gisele Assis 

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