Do mês de julho de 2022 até hoje saltou de 20 para 40 o número de empresas que aderiram ao programa Adjuvantes da Pulverização, na busca pelo Selo Oficial de Funcionalidade para Adjuvantes Agrícolas, do Instituto Agronômico – IAC. A direção do programa comemora o expressivo aumento de companhias atreladas à iniciativa e informa que mais de 100 produtos adjuvantes foram submetidos às análises desenvolvidas e executadas pelo IAC.
Conforme o coordenador do Adjuvantes da Pulverização, o pesquisador científico Hamilton Ramos, todos os testes e pesquisas associados ao selo de funcionalidade ocorrem no laboratório avançado do Centro de Engenharia e Automação (CEA), vinculado ao IAC. O órgão, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, fica na cidade de Jundiaí.
O pesquisador explica também que adjuvantes agrícolas constituem produtos adicionados à calda de agroquímicos, anteriormente à aplicação destes últimos nas plantações, “com vistas a melhorar a eficácia de tratamentos e reduzir perdas nas pulverizações”.
Segundo Ramos, ao contrário dos defensivos agrícolas ou agroquímicos, adjuvantes não têm registro oficial obrigatório no Brasil. “Essa brecha regulatória implica riscos ao agricultor em relação à qualidade dos adjuvantes que ele adquire”, acrescenta. “Associado a um defensivo agrícola de alta tecnologia, um adjuvante de má-qualidade resulta em perdas relacionadas aos investimentos do produtor no controle de pragas, doenças e invasoras”, exemplifica.
Ainda de acordo com o pesquisador, a emissão do Selo IAC para adjuvantes leva em média seis meses, a partir da adesão de companhias ao programa Adjuvantes da Pulverização. “O Selo de Funcionalidade é parte importante de um processo que, no médio prazo, visa a estabelecer normas que ancorem um sistema oficial de certificação, unificado, para tais produtos”, conclui Hamilton Ramos.
Fonte: Fernanda Campos