Dispersão de produtos biológicos com a utilização de drones ganha força nas lavouras gaúchas
Aeronaves remotas adaptadas lançam predadores naturais para auxiliar no controle de pragas
O controle de pragas, a partir do uso de seus inimigos naturais, vem fazendo a diferença em lavouras de todo o planeta e conquistando novos adeptos. São os chamados defensivos agrícolas biológicos ou biodefensivos. O setor cresce em ritmo acelerado e deve fechar 2021 com alta de 33%, movimentando R$ 1,79 bilhão em vendas, segundo dados da CropLife, entidade que representa o setor.
O uso desses ‘agrotóxicos’ naturais ganhou força com a utilização de drones no combate a pragas em plantações de soja, milho e arroz no Rio Grande do Sul. “Quem quiser produzir mais tem que aderir às novas tecnologias e o controle biológico é uma delas”, declara Alex Kologeski, diretor e responsável técnico da Agroplantas, empresa especializada em serviços de agricultura de precisão e consultoria agrícola. Ele conta que a novidade é resultado de um trabalho em equipe, fruto de parceria com outras duas empresas. “Um levantamento completo da área e das pragas existentes vai determinar a tomada de decisão correta. O material a ser utilizado no ataque às pragas é fornecido pela Promip, empresa referência nesse tipo de manejo. Nós utilizamos a tecnologia dos drones, que foram adaptados para a função, e a Tchê Agrícola faz a comercialização”, acrescenta.
Um engenheiro agrônomo monitora os serviços e acompanha os resultados nas propriedades. Guilherme Storck explica que a aeronave remota é adaptada para a função. “Um dispositivo acoplado é usado para dispersão dos agentes biológicos, são levados ovos de pequenas vespas, que são predadores naturais de diferentes espécies. Conforme a operação a ser realizada, muda-se a regulagem do equipamento”.
No serviço disponibilizado pela Agroplantas, são liberados os ovos de microvespas (trichogramma pretiosum e telenomus podisi) em áreas que tenham a presença de lagartas – lepidópteras e percevejo marrom, duas importantes pragas nas culturas da soja, milho e arroz. “Ao nascerem, as microvespas parasitam os ovos dessas espécies, controlando-as ainda na fase de ovo (fase jovem). Uma forma biológica de controle de pragas e reposição dos inimigos naturais”, explica Luciano Moreira, consultor técnico da Promip / RS, empresa de base tecnológica que reúne em seu portfólio produtos biológicos e serviços especializados para a implementação de Programas de Manejo Integrado de Pragas. O profissional alerta para a necessidade de manter o monitoramento constante e entrar com o manejo no momento preciso. “Uma vez identificada a praga e, considerando o percentual necessário de controle, deve-se começar a fazer a dispersão dos ovos desses parasitóides”.
O Manejo Integrado de Pragas (MIP), método de controle racional e sadio, busca utilizar esses inimigos naturais sem deixar resíduos nos alimentos. Além de trazer bons resultados, é inofensivo ao meio ambiente e à saúde da população.
Há 10 anos no mercado agrícola, a Agroplantas Engenharia & Agronegócio elabora projetos completos de AP para lavouras. Realiza entaipamento e drenagem, operações com piloto automático e levantamentos com RTK. Todo o trabalho é executado via serviços de georreferenciamento, com demarcações precisas, utilizando coordenadas geográficas confirmadas pelas Redes Geodésicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também atua na prestação de serviços de licenciamento ambiental, consultoria e execução para regularização de imóveis rurais e urbanos, crédito rural e seguro agrícola. “Ter dados precisos é fundamental para o sucesso da lavoura ou negócio rural e a orientação correta é fundamental. Além de minimizar custos e possibilitar melhores ganhos, a Agricultura de Precisão colabora com a produção de alimentos de forma sustentável e segura para tornar o mundo um lugar melhor para todos”, finaliza Alex.
Fonte: AgroUrbano