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Digitalização da cadeia agrícola já é realidade Brasil afora

Grandes agroindústrias estão digitalizando a cadeia agrícola, de ponta a ponta, da cooperativa até o agricultor familiar através de aplicativo desenvolvido por startup do agro

A digitalização da cadeia agrícola já é uma realidade nos quatro cantos do país. A pandemia de Covid-19 acabou acelerando esse processo, inevitável, de expansão da tecnologia no campo, que veio como aliada de práticas sustentáveis e econômicas.
Nesse cenário, a agtech Elysios Agricultura Inteligente criou o Caderno de Campo Digital – Demetra, que funciona como software de inteligência de dados do campo para agricultores, técnicos, agroindústrias e cooperativas.

A solução, desenvolvida pela startup gaúcha, se expandiu para vários estados do Brasil e por diversas culturas, como uvas, citros, tomates, morangos, maçãs e até guaraná, é utilizada para registrar todos os acontecimentos do cultivo e ajudar o produtor na tomada de decisão mais acertada, otimizando tempo e recursos.

A ferramenta está disponível por aplicativo e também no computador, onde é possível fazer desde o controle de aplicação de defensivos, até a gestão de estimativa da safra, passando pelo controle de variáveis climáticas e sensoriamento. “Ao otimizar recursos, ao mesmo tempo em que alavanca o desempenho agrícola, a plataforma entrega valor ao produtor, assegura a sustentabilidade do negócio e garante mais segurança ao consumidor”, explica Frederico Apollo Brito, CEO e um dos fundadores da Elysios.

Grandes players do agro vêm a importância de digitalizar seus produtores e fazer a coleta de dados do campo. Assim, o Caderno de Campo Digital chegou recentemente ao Amazonas, no cultivo de guaraná, através da gigante Coca-Cola Brasil, que adotou o sistema para seus produtores de guaraná dentro do programa Olhos da Floresta, para dinamizar a rastreabilidade dos cultivos. “Escolhemos o aplicativo Demetra porque ele não precisa de muita internet e tem a facilidade de funcionar off-line. É uma vantagem porque nossos produtores têm internet rural via satélite, que nem sempre é boa. Além disso, a startup se dispôs a adequar a plataforma às nossas necessidades, especialmente quanto à rastreabilidade”, explica Eduardo Trevisan Gonçalves, gerente de projetos do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), ONG parceira da fabricante de bebidas no programa.

Já no Sul do Brasil, o sistema de sensoriamento e rastreabilidade vem sendo utilizado na vitivinicultura, por cooperativas e produtores. Em parceria com a Cooperativa Vinícola Aurora, de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, a plataforma foi adaptada à cultura da uva, para garantir qualidade e alta produtividade. Além de ser determinante na rastreabilidade, a ferramenta auxilia no controle de pragas e doenças, intempéries e outras situações impactantes na cadeia produtiva. Além disso, facilita a assistência técnica aos produtores associados.

Também no Rio Grande do Sul, na região do Vale do Caí, a BioCitrus, tradicional empresa brasileira produtora de óleos essenciais, implantou junto aos seus produtores o Caderno de Campo Digital. No próprio smartphone, os agricultores armazenam informações agronômicas e outros dados, permitindo a rastreabilidade das mandarinas, laranjas e tangerinas. O aplicativo possui, também, outras funcionalidades que permitem melhor gestão e análise da produtividade do cultivo. Segundo Frederico, “A ideia é o produtor foque a sua energia e tempo nos cuidados do manejo da planta, enquanto a tecnologia faz o levantamento e controle, com segurança, das estimativas e variáveis dos cultivos. O caderno de campo garante maior velocidade e interpretação das informações, permitindo a gestão da qualidade dos produtos e da propriedade rural”.

Fonte: AgroUrbano

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