A fruta mais consumida no Brasil e no mundo tem um dia especial para ser celebrada: 22 de setembro é o Dia da Banana. Segundo a Embrapa, cada brasileiro consome em média 25 kg da fruta por ano. Além de saborosa e versátil, a banana é uma ótima fonte de energia, com alto teor de carboidratos, sendo fonte valiosa de vitaminas A, B1, B2 e C, além de sais minerais como potássio, fósforo, cálcio, sódio e magnésio. Esses atributos tornam a banana uma excelente escolha alimentar para manter uma boa saúde.
Cultivada em todos os estados brasileiros, o país produz anualmente cerca de 7 milhões de toneladas. Segundo o IBGE, quase 99% destinado ao mercado interno. A bananicultura desenvolve também importante papel social, pois quase metade da produção é proveniente da agricultura familiar, de pequeno produtor.
Em condições ideais de clima e solo, a fruta é de fácil desenvolvimento e possui grande capacidade produtiva. Mas é necessário implementar estratégias eficazes de manejo de pragas e doenças. Um dos grandes desafios do produtor durante as estações mais quentes do ano é o controle do Tripes, inseto responsável por atacar a fruta e causar marcas e erupções na casca, reduzindo sua qualidade visual e impactando no valor de venda do produto.
Esse ataque pode ser evitado com o uso de uma sacola anti-inseto plástica que é colocada logo no início da formação da flor da banana envolvendo o cacho e deve permanecer até a colheita da fruta. A BASF desenvolveu um aditivo anti-UV para o plástico que reduz os danos causados pelo inseto. O filme filtra o comprimento de onda da visão do Tripes, fazendo com que o inseto fique confuso ao entrar no ambiente do saco e saia do cacho, sem causar nenhum dano a banana. Esse sistema resulta na ação repelente, eliminando a necessidade de inseticidas complementares.
“Essa inovação tem o diferencial de controlar a praga com maior praticidade, levando sustentabilidade para a produção, melhora a qualidade da fruta e trazendo assim, melhor rentabilidade para o produtor”, explica Daniella La Torre, especialista técnica de aditivos para plásticos da BASF.
A bolsa, desenvolvida pela BASF em parceria com a Braskem e a Unesp (Universidade Estadual Paulista), pode ser reutilizada por duas safras, garantindo a mesma eficiência no controle do inseto. Também é de fácil e rápida instalação, o que reduz custos com a aplicação. O filme de polietileno (PE) é 100% reciclável após a sua utilização.
Manejo integrado
Outra praga muito comum que traz grandes prejuízos no cultivo da banana é o Mal-de-Sigatoka, que pode ser classificado em sigatoka-amarela e sigatoka-negra. Também conhecida como cercosporiose, é considerada a doença mais grave do cultivo da banana, aparecendo com maior intensidade nas folhas novas da bananeira e evoluindo até sua morte.
Inicialmente, ocorrem pequenas descolorações nas folhas, que evoluem para estrias de cor amarela ou preta. Com o enfraquecimento das folhas, há redução no processo da fotossíntese, e pode ocorrer a diminuição no tamanho e uma maturação precoce dos frutos, o que impacta drasticamente a produtividade e qualidade do cultivo.
A forma mais eficiente de combater a sigatoka é o controle químico. Para isso, a Divisão de Soluções para Agricultura da BASF dispõe de um portfólio completo de fungicidas que atuam em diferentes estágios do fungo causador da doença. Destaque para o recém-lançado Mibelya®, que apresenta excelente seletividade e ação eficaz para diferentes patógenos nas mais variadas culturas.
Além do controle químico, um manejo integrado da doença é o mais indicado, incluindo drenagem do solo, eliminação e destruição das folhas infestadas e sombreamento das plantas.
Com o manejo integrado adequado, o cultivo de banana no Brasil segue sendo um sucesso, fazendo do país o quarto maior produtor mundial da fruta.
Fonte: Ligia Cerdeira