Proximidade da data costuma deixar as pessoas mais amorosas, mas há também aqueles que rejeitam o Natal
Presentes em volta da árvore, decoração especial com muitas luzes, a representação do presépio, a mesa farta e a família e os amigos reunidos para comemorar. Dezembro é uma época que torna presente muitos sentimentos em todos nós, pois, segundo a psicóloga e professora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera, Lorena Fleury, o Natal está tão enraizado culturalmente em nossa vida, que é quase impossível ficar indiferente.
“Depois de passar por muitos momentos alegres, tristes, estressantes, desafios, chega o período de refletir sobre a vida e o ano que está se encerrando. Todo esse processo e pensamentos se devem ao fato de ser um momento de reflexão, quando algo termina, é natural pensar sobre ele. Como em qualquer ciclo da vida: aniversário, fim de um emprego, fim de um relacionamento, ou até mesmo, fim de um filme, e o Natal e Ano Novo trazem essas emoções e a esperança de novos projetos”, opina a professora
Outro aspecto que explica a forte ligação que a nossa cultura tem com o Natal é o fato de a data simbolizar a renovação e a vida nova, recordando sentimentos positivos de que tudo vai melhorar no ano que se inicia em breve. O ser humano, no âmbito psicológico, sente-se reconfortado com a ideia de um futuro promissor e próspero.
A psicóloga lembra também que o Natal pode ter significados diferentes a partir das concepções e vivências de cada um, além da fase da vida em que o indivíduo está. O Natal, com toda a magia do Papai Noel, tem um simbolismo para a criança, que não será o mesmo para quem está entrando na vida adulta e precisa preparar a ceia com as próprias mãos, por exemplo; ou ainda para o pai, mãe ou avós que estão inserindo a tradição natalina na família para um filho ou neto. O importante é que cada um reflita e assimile esse período, recriando novos significados.
HÁ QUEM NÃO GOSTE DO NATAL, E ESTÁ TUDO BEM!
Todo mundo deve se curvar às tradições natalinas? A resposta é: não! Assim como “o Grinch”, personagem conhecido na literatura e no cinema, que odeia o Natal e faz de tudo para que ninguém celebre a data, há aquelas pessoas que passam bem longe das comemorações.
Para Lorena, isso pode ter origem em diversos traumas do passado, como a falta de um ente querido que movimentava essa época do ano e era responsável por reunir a família; por não ter recebido presentes enquanto criança, por conta das condições financeiras; ou ainda por conta de algum evento marcante, como o fim de um relacionamento ou a perda de um emprego que tenha acontecido em dezembro.
E como o espírito natalino envolve boas vibrações, quem não gosta do Natal não deve ser julgado, mas entendido. “Conhecendo sua essência e buscando o autoconhecimento, é mais fácil lidar com essas emoções. No entanto, é importante respeitarmos as diferenças, ter empatia pelo outro e acolher o próximo”, finaliza a docente.
Fonte: Safira Vieira Pinho