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Desafios à mesa: aumento do preço do arroz preocupa as famílias brasileiras

O feijão e arroz é essencial para as famílias brasileiras, a combinação de grãos é consumida em todo o território nacional, mas pode registrar um aumento significativo nos preços nos próximos meses.  Isso é explicado por culpa do preço do arroz, que tem registrado alta na sua cotação e aumento da demanda para a exportação.

A procura em alta pelo arroz produzido no Brasil em mercados internacionais tem sido um dos principais fatores impulsionadores dos preços. Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, existem alguns fatores que podem explicar o aumento do valor do grão.

“Nós temos uma produção forte de arroz no Brasil, principalmente quando consideramos o Sul do país. Mas, ao mesmo tempo, temos verificado um aumento na demanda para os mercados externos, o que impacta diretamente no valor do produto. Essa demanda aumentou principalmente pelas restrições de exportação do produto na Índia”, afirma o diretor.

O Rio Grande do Sul é o maior produtor do arroz no país e, de acordo com o Indicador Cepea/Irga-RS, o valor da saca de 50 kg alcançou o patamar de R$ 87,88 no dia 31 de julho, representando um aumento de 7,17% em relação ao mês anterior, totalizando R$ 82,05. Outro aspecto que impactou diretamente a produção está relacionada a restrição na oferta do produto, o que levou os produtores a segurarem a produção, contribuindo para a valorização do grão.

“São dois aspectos: existem menos países exportando o produto, até quando consideramos o impacto da guerra na Ucrânia, e mais países desejando importar os produtos. Isso impacta diretamente o preço para o consumidor final, que poderá pagar mais caro pelo prato mais popular no país”, afirmou o executivo.

Essa conjuntura tem reflexos no Brasil, onde o arroz é um dos pilares da alimentação básica, assim como o feijão, que tem sido conhecido como o vilão da inflação no ano.

Recentemente o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe) apontou  que o feijão deixará de ser uma fonte de inflação e sairá das pautas do governo federal em breve. Um dos aspectos que têm impactado o produto é relacionado a diminuição da área de cultivo de feijão, devido aos preços mais atrativos de milho e soja, isso é um sinal de alerta e ainda pode levar a uma nova valorização do grão no mercado interno.

Fonte: Fábio Bouças – PRESSFC

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