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Da agricultura ao futebol, startups japonesas buscam fomentar seus negócios no Brasil

Sagri (agritech), Credit Engine (fintech), Melody (saúde), Axelspace (sensoriamento remoto) e Dreamstock (esportes) enxergam boas oportunidades de negócios no mercado brasileiro

Um seleto grupo de cinco startups japonesas quer fomentar negócios no Brasil a partir deste ano. Elas foram selecionadas dentro do ScaleUp in Brazil, programa criado em 2019 como uma plataforma de softlanding fruto de uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e a Israel Trade and Investment.

As cinco startups, Sagri (agritech), Credit Engine (fintech), Melody (saúde), Axelspace (sensoriamento remoto) e Dreamstock (esportes), foram selecionadas entre 14 daquele país em um processo que teve início em julho e terminou em setembro. O principal objetivo das empresas é promover seus negócios no Brasil, pois enxergam o mercado local com grande potencial de crescimento. “É também uma forma de apresentarmos mecanismos já utilizados no Japão e que podem melhorar muito o dia a dia dos brasileiros”, explica Hiroshi Hara, presidente da JETRO (https://www.jetro.go.jp/brazil) no Brasil, órgão de fomento de comércio exterior do governo japonês.

O ScaleUp in Brazil, nessa segunda fase, termina em setembro de 2023. Até lá as startups japonesas têm a oportunidade de aprofundar-se no mercado brasileiro e buscar o estabelecimento de parcerias. A Sagri aposta em suas soluções para o setor de agritech. Ela é uma empresa provedora de serviços e dados agrícolas inteligentes que utiliza informações de satélites para visualizar e analisar status de terras em um aplicativo desenvolvido pela própria companhia.

Usando o Actaba da Sagri é possível realizar facilmente levantamento de patrulhas agrícolas, reduzindo em até 90% as pesquisas feitas apenas com dados fornecidos. Seu objetivo é proporcionar aumento de renda para pequenos agricultores e a reduzir emissões de gases de efeito estufa na agricultura.

Esporte, fintech e medtech – Startup de tecnologia fundada em 2017 e o maior aplicativo de seletivas online do mundo, a DreamStock, com 430 mil usuários, tem como objetivo proporcionar a seus clientes, atletas amadores, a oportunidade de serem inseridos no futebol como jogadores em algum clube. Atletas profissionais desempregados, por sua vez, podem usar todo seu histórico de vídeos em jogos anteriores e se candidatarem a uma das várias demandas de clubes nacionais e principalmente internacionais que aparecem diariamente.

De olho no mercado de sistemas de navegação, aplicativos e monitoramento de informações meteorológicas, a Axelspace, muito preocupada com a Floresta Amazônica, foi criada em 2008 e tem como foco o desenvolvimento de soluções, design e produções baseadas em tecnologia de microssatélite. Ela tem um o AxelGlobe, serviço de análise de dados, que pode acelerar o processo não apenas com imagens, mas também fazendo um estudo completo de acordo com o cenário e a maneira com que esses dados vão ser usados (situações climáticas, monitoramento de terras agrícolas, análise de pragas, etc) por uma empresa.

A Credit Engine é uma fornecedora de produtos SaaS que proporciona aos seus clientes do setor financeiro serviços que vão de empréstimos online até cobrança de dívidas com a tecnologia orientada a dados. Ela opera no Japão e Singapura. Sua missão é desenvolver soluções de empréstimo SaaS que proporcionem uma experiência de empréstimo e cobrança perfeita e sem estresse para os clientes, trazendo-lhes operações de negócios mais eficazes e maior envolvimento.

A Melody International Ltd. é uma startup que desenvolve soluções tecnológicas voltadas para profissionais médicos no acompanhamento de uma gestação. O Monitor Fetal ICTG é um dispositivo de monitoramento inteligente, que reúne um monitor cardíaco fetal, um de contração uterina e um tablet. Possui um alto-falante embutido no transdutor, que permite também ser usado como doppler fetal monitorando toda a saúde de uma mãe grávida e também de seu bebê.

Com a seleção de seis companhias, a JETRO espera que as startups japonesas possam voltar os seus olhos ao Brasil, especialmente porque por questões logísticas e culturais as atenções muitas vezes estão restritas ao Sudeste Asiático. “O Japão e o Brasil são grandes parceiros comerciais, mas as relações nessa área de inovação são tímidas. Nosso papel é diminuir essa lacuna, pois sentimos que há um grande potencial para o incremento de novos negócios”, diz Hara.

Fonte: Helder Horikawa

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