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Crianças já lideram práticas sustentáveis: o que o 7º Sala Verde revelou

O 7º Seminário de Educação Ambiental Sala Verde Padre Amstad: Educação para Sustentabilidade em Foco ocorreu nesta quarta-feira, 17 de setembro, no auditório do Centro Administrativo Municipal Leopoldo Petry, em Novo Hamburgo (RS). O tema do seminário deste ano foi “Educação para a Sustentabilidade: Adaptação, Resiliência e Ações Práticas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, e abordou a importância de construir um futuro mais sustentável por meio da educação ambiental.

O encontro reuniu educadores, gestores públicos, cooperativas e comunidade para trocar experiências e fortalecer práticas em educação ambiental. Na abertura dos trabalhos, houve as manifestações do presidente da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Professores da Região Metropolitana de Porto Alegre (Educredi), Elson Sena, e dos secretários municipais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, Anderson Bertotti, e da Educação, André da Silva.

O presidente da Educredi, Elson Sena, agradeceu a prefeitura de Novo Hamburgo e as autoridades municipais. Sena lembrou que há 30 anos foi pensada nas escolas agrícolas a disciplina de Educação Ambiental. E que Meio Ambiente é um trabalho coletivo, que inclui cooperação e envolvimento das comunidades. “A Educredi é uma instituição de abrangência estadual e segue na busca de parcerias. A Sala Verde é uma excelente oportunidade para envolver professores, funcionários, comunidade escolar e autoridades sobre a questão ambiental”, concluiu.

O secretário da Educação, André da Silva, disse que a educação ambiental deve ser pensada além dos muros das escolas. “Hoje temos acesso à tecnologia e, ao mesmo tempo, vemos uma degradação do meio ambiente. O desafio é canalizar parte dessa tecnologia em ações efetivas para o meio ambiente”, sugeriu.

O secretário de Meio Ambiente, Anderson Bertotti, ressaltou a importância da educação na área de sustentabilidade. “Precisamos plantar uma semente dentro da escola para que o assunto seja discutido de forma ampliada na sociedade. Fico feliz em ver a importância que o tema demanda, visto a significativa presença de todos neste seminário”, ponderou.

A primeira palestra foi “Educação para a Sustentabilidade: Adaptação, Resiliência e Ações Práticas alinhadas aos ODS” com a especialista em Educação Ambiental, Sandra Grohe. Inicialmente, ela propôs algumas reflexões sobre qual a palavra que vem à mente das pessoas quando se fala em educação e sustentabilidade.

Sandra elencou algumas referências de publicações para comentar alguns conceitos relativos à sustentabilidade. “Sustentabilidade deve ser trabalhada no tripé corresponsabilidade, participação e colaboração”, destacou.

A pesquisadora ressaltou que uma cidade jamais será sustentável se não colocar a educação como prioridade. “É um processo que deve envolver as crianças, pesquisas, projetos permanentes e governança”, sugeriu.

Como exemplo de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Sandra citou as cidades esponjas, que são áreas urbanas projetadas para absorver, armazenar e liberar a água da chuva de forma natural, usando soluções baseadas na natureza, como infraestrutura verde e pavimentos permeáveis.

O evento teve, antes do intervalo para o almoço, apresentação de cases de sucesso em Educação Ambiental de escolas municipais de Novo Hamburgo e São Leopoldo.

Na parte da tarde, aconteceu a palestra “Por uma Educação Lixo Zero”, com a especialista em Sustentabilidade e Gestão Socioambiental, Daiana Schwengber, sócia da Apoena Socioambiental, que organizou o evento. Inicialmente, Daiana referiu a dificuldade de se passar às crianças questões como educação ambiental e sustentabilidade visando o cuidado coletivo. “Egoísmo e ganância são posturas que provocaram muito do déficit ambiental que temos hoje, e isso precisa ser mudado”, enfatizou.

Por isso a necessidade, segundo Daiana, de potencializar a educação para a sustentabilidade a partir da formação de pessoas cada vez mais conscientes. “A espinha dorsal do processo, independentemente se é uma escola, empresa ou cooperativa, é a educação, formar pessoas que serão lideranças no sentido de criar práticas sustentáveis”, referiu.

Outro ponto abordado foi o conceito de Lixo Zero. Consiste no encaminhamento máximo e correto dos resíduos recicláveis e orgânicos. Daiana comentou a correta separação tríade composta por 30% de recicláveis (papel, plástico, vidro, etc), 50% de orgânicos (cascas de frutas e verduras, ovos, borra de café, etc) e 20% de rejeitos (basicamente lixo de banheiro, papel higiênico, lenço umedecido, etc). “Apenas os rejeitos são considerados lixo, ou seja, o que não pode ser reciclado. Lixo Zero, portanto, é enviar o mínimo possível de rejeitos para o aterro sanitário”, explicou.

Outra palestra foi “Gestão de Resíduos Solidária”, com as cooperativas Univale e Coolabore. Na sequência, houve ainda cases de Escolas “Lixo Zero”, de São Leopoldo e Escola Técnica de Agricultura (ETA), de Viamão. Finalizando, aconteceu a exibição do documentário “Lixo se Transforma”.

O presidente da Educredi, Elson Sena, fez uma avaliação positiva de mais um seminário Sala Verde. “Para nós é muito importante ter essa relação com as pessoas da educação ambiental e levar esse assunto para discussão nas escolas, e eu tenho certeza que os professores gostaram e levarão para as escolas algumas atitudes específicas sobre sustentabilidade”, projetou.

Também chamou a atenção de Sena o engajamento de crianças em iniciativas de sustentabilidade. “Com certeza, acho que é um dos nossos objetivos, da educação ambiental, traduzir em experiência para as crianças, desde a fase infantil, para possam contribuir com estas questões. Vimos cases de alunos de 12, 13 anos já despertando para a questão da sustentabilidade”, observou.

Fonte: ComEffective Comunicação Corporativa

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