Por Antônio Oliveira
Amado por uns e odiado por outros, os agronegócio brasileiros seguem seu caminho sendo os responsáveis pelos melhores índices de geração de empregos e renda e garantindo o equilíbrio da balança comercial. No ano passado movimentou 23,5% do PIB e faturou aproximadamente R$ 375 bilhões.
De importador da maior parte do alimento que consumia, o Brasil passou ser um dos maiores exportadores mundiais de produtos alimentícios e fibras, tornando-se numa “agropotência”, como disse o ministro da Agricultura e produtor rural, Blairo Maggi.
Isto não basta para o “Brasil que produz”, como Cerrado Rural Agronegócios, denomina a agropecuária e o agronegócio brasileiros. Conforme lembra a revista Forbes Brasil, até 2050, o agronegócio brasileiro deve crescer de três a quatro vezes mais que os concorrentes globais, consolidando de vez sua condição de celeiro do mundo.
– O Brasil já é o celeiro do mundo – diz Blairo Maggi para Forbes.
– Nós temos hoje uma agricultura de ponta. Somos os maiores produtores de grãos e estamos entre os maiores produtores de proteína animal do mundo. Temos totais condições de atender a qualquer mercado sem o risco de desabastecimento interno – afirmou o ministro.
Ainda na sua fala para esta Revista, Maggi exaltou a condição do Brasil em produzir com sustentabilidade ambiental.
– Nossa produtividade só aumenta, enquanto a área usada diminui. Um estudo da Embrapa Territorial comprovou que o Brasil só utiliza 7,8% do seu território para a agricultura – alguns países europeus chegam a usar 50% – disse.
Para que o Brasil chegasse a esta posição de destaque no mercado global dos agronegócios, milhares de empresas de pequeno e grande porte – nacionais e multinacionais -; outros milhares de recursos humanos – em lideranças e em postos de colaboradores, pesquisadores, melhoristas e terceirizados estão na ativa, trabalhando duro nos campos e nas cidades. E nos portos, exportando nossa produção.
As 50 maiores
Neste final de semana Forbes Brasil divulgou a lista das 50 maiores e melhores empresas de agronegócios do Brasil – empresas porteira a dentro e empresas porteira a fora. Juntas, essas empresas geraram, no ano passado, 1.591,503 empregos diretos e 38 delas (12 não revelaram faturamento) faturaram R$ 276,39 bi.
Fato que chama a atenção nestes números é a força do cooperativismo nos agronegócios. Mal compreendido e sem força no Norte e Nordeste do Brasil, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste as cooperativas são tradicionais e fazem do pequeno produtor, bem sucedidos agroindustrial e comerciante de agros, sócios de megas empresas de formato cooperativista.
Entre as 50 maiores e melhores empresas de agronegócios no Brasil, 14 são cooperativas. Elas geraram, no ano passado, 125,482 empregos diretos e faturaram R$ 64,1 bilhões.
São elas:
Agrária: Com sede em Guarapuava (PR) e que, por meio de assessoria de Cerrado Rural Agronegócios, já esteve no Tocantins conhecendo suas potencialidades, gerou 1.500 empregos diretos e faturamento bruto de R$ 2,5 bilhões. Ela atual na área de plantação e processamento de cevada, milho, soja e trigo.
Aurora: Com sede em Chapecó (SC), é a terceira maior exportadora de carne suína no Brasil. Gerou 26 mil empregos diretos e faturou R$ 8,5 bilhões.
C.Vale: Gerou 9 mil empregos e faturou bruto R$ 6,9 bilhões (Foto: Divulgação)
C.Vale: Tem sede em Palotina (PR) e está voltada para a produção de soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango, peixe e suínos. Gerou 9 mil empregos e faturou bruto R$ 6,9 bilhões.
Camil: Trabalha com beneficiamento e comercialização de arroz, feijão, açúcar e pescado. Com sede na capital paulista, gerou 6 mil empregos e faturou R$ 4,9 bilhões.
Castrolânda: Tem sede em Castro (PR) e está voltada para a produção e comercialização de laticínios, trigo e suinocultura. Faturou R$ 2,83 bilhões e gerou 2.578 empregos diretos.
Coamo: Tem sede em Campo Mourão (PR). É uma cooperativa agroindustrial, com foco principal na produção de grãos. No passado gerou 28 mil empregos e faturou R$ 11 bilhões.
Cocamar: Faturou R$ 3,9 bilhões e gerou 7 mil empregos. Ela tem sede em Maringá (PR) e tem atuação diversificada, com destaque para o café.
Cooperalfa: De Chapecó (SC). Atua na área de grãos, suinocultura, grãos e varejo. Faturou R$ 2,79 bilhões e gerou 3.120 empregos.
Cooperativa Integrada: Faturamento de R$ 2,71 bilhões e geração de 9.300 empregos. Está sediada em Londrina (PR) e atua na área de agroindústria, sendo o seu ponto forte a comercialização de grãos, em especial soja, milho, trigo e café.
Coopercitrus:É de Bebedouro (SP). Está focada na agroindústria do café, soja e milho. Faturou R$ 3 bilhões e gerou 2.747 empregos.
Cooxupé: Com sede em Guaxupé (MG). Atual na área de agroindústria, com destaque para o café. Teve faturamento de R$ 3,79 bilhões e gerou 14 mil empregos.
Copacol: Faturou R$ 3,46 bilhões e geral 5.732 empregos. Está sediada em Cafelândia (PR). Sua área de atuação é a produção e agroindústria de suínos, aves, peixes e leite. Estará ministrando palestra sobre seu case de sucesso no PISCISHOW/AVISULEITE 2018.
Frísia: Outra cooperativa assessorada pela Cerrado Rural Agronegócios em visita ao Tocantins – na época, Batavo -, conhecendo suas potencialidades, e que, pouco tempo depois, abriu um entreposto em Paraíso do Tocantins – unidade que vem crescendo muito. Ela é uma das mais antigas do Brasil, tem sede em Carambeí (PR). Atua principalmente na triticultura, sojicultora, leite e agroindústrias desses produtos. No Tocantins tem seu forte na compra de soja e milho. Gerou 1.089 empregos e faturou R$ 2,41 bilhões.
Lar: Tem sede em Medianeira (PR), está focada em insumos e pecuária. Faturou R$ 5,06 bilhões e gerou 9.416 empregos.
Estas cooperativas estão entre gigantes nacionais e multinacionais como Amaggi, ADM, Basf, Bayer, BRF, Bunge e Cargil. As 36 empresas ranking das 50 maiores faturaram R$ 276,39 bilhões e geraram 1.591,503 empregos.
É uma contribuição e tanto para a paz social do Brasil.
Fonte: Cerrado Editora
Crédito: Divulgação