21.5 C
Jatai
InícioNotíciasCategoria GeralConhecendo os custos e riscos como ferramenta de gestão

Conhecendo os custos e riscos como ferramenta de gestão

A sala “Custos e riscos de sistemas produtivos de algodão e de culturas concorrentes por área”  teve como debatedores o Professor Doutor Lucílio Alves, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA),da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), o diretor de Operações da empresa de produção e comercialização de commodities agrícolas O Telhar Agro, Edson Vendruscolo, do estado de Mato Grosso, e o produtor rural Paulo Almeida Schmidt, da Bahia. Em pauta, o que os especialistas entendem como “única ferramenta que o produtor tem gestão sobre a sua rentabilidade”: o controle de custos, com uma análise histórica da evolução da produção, área e produtividade, apresentando um panorama da safra 2010/2011, considerada a melhor da história do algodão do Brasil, até a 2017/2018. Neste período, o Mato Grosso aumentou sua produção em 90%, enquanto na Bahia, praticamente, não houve crescimento.

Condutor da sala, Lucílio Alves apresentou uma análise de comportamento dos riscos da cotonicultura, justificando uma evolução de área muito maior no Mato Grosso do que na Bahia. Edson Vendruscolo e Paulo Schmidt detalharam os custos tanto da safra atual, como as perspectivas para a próxima safra. “Já tínhamos indicativos de um risco muito maior na Bahia que no Mato Grosso, em virtude de fortes choques de clima e também de pragas e doenças. Além disso, outro fator, a mudança de cultivo da primeira para a segunda safra no Mato Grosso. Esse modelo reduziu o risco da atividade em virtude de um custo menor e também porque a soja passou a ser uma cultura agregada ao sistema e não mais concorrente”, explica Alves.

Segundo o professor, a Bahia tem custo maior que o Mato Grosso e a segunda safra do Mato Grosso tem custo menor que a primeira por ser mais curta. Atualmente, de 85 a 90% da área de algodão no Mato Grosso está em segunda safra. “Conhecer a fundo os nossos custos é a diferença entre continuar ou não na atividade. E isso é muito mais que saber o quanto gastamos com insumos, por exemplo. É preciso colocar aí taxas, juros, custos com combates às pragas, gastos com logística e armazenagem e o quanto deles pode ser compartilhado entre diferentes culturas, como soja e milho, por exemplo”, disse Vendruscolo.

O produtor Paulo Schmidt é agricultor no Oeste da Bahia desde a década de 80. Em sua fala ele destacou o aumento de custos por incidências de pragas como lagartas, ramulária, nematoides e o bicudo do algodoeiro. “A cada safra nossos custos ficam mais altos à medida que as tecnologias evoluem. Hoje não tenho certeza de quem está ganhando a briga, se o BT ou a lagarta.  Não tem como escapar”, queixa-se. O produtor alerta para o risco de diminuição do tempo de vida de moléculas comprovadamente eficazes e mais baratas contra o bicudo pelo uso prolongado e intensivo contra a praga, cada vez mais forte.

Fonte: AgriPress

spot_img

Últimas Publicações

Senar – GO na Feinagro 2025

Expositores na Feinagro 2025

Feinagro 2025: Regis Resende

ACOMPANHE NAS REDES SOCIAIS