São aquelas que ocorrem com frequência, causam danos econômicos e exigem medidas de controle
Poe Joélen Cavinatto com revisão de Aline Merladete
A cultura do tomate (Solanum lycopersicum) é muito suscetível ao ataque de insetos pragas, independentemente do sistema de cultivo ou do destino da produção. Os danos causados pelos insetos podem interferir no desenvolvimento da planta e na qualidade dos frutos, por isso, a identificação das pragas chaves -aquelas que ocorrem com maior frequência, atingem o nível de danos econômicos e exigem medidas de controle- é essencial para o êxito na produção. Confira abaixo as principais e os danos provocados:
Moscas-brancas (Bemisia tabaci e Trialeurodes vaporariorum): Sucção da seiva, injeção de toxinas e transmissão de vírus, fungos e doenças como a fumagina, geminivirose e crinivirose. A ocorrência da praga causa redução do vigor, amadurecimento irregular do fruto e em casos severos, pode provocar murcha, nanismo, redução da floração e até morte das plantas.
Tripes (Frankliniella schultzei, F. occidentalis, Thrips palmi e T. tabaci): Sucção do conteúdo celular e perfuração dos tecidos. São transmissores do vírus que causa a vira-cabeça-do-tomateiro que provoca mosaico, alteração na coloração e formato das folhas e hastes, manchas cloróticas ou necróticas nos frutos.
Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta): Produção de mina na folha, depósito de seus detritos no interior, perfuração das gemas apicais, brotações, botões florais e broqueamento do fruto. O ataque pode causar ressecamento das folhas, aborto de flores e frutos, além da perda de qualidade do frutos.
Broca-pequena-do-fruto (Neoleucinodes elegantalis): A lagarta se desenvolve dentro do fruto, a partir do broqueamento da superfície. Ao término da fase larval, o inseto deixa o fruto por um orifício de saída que passa a ser a porta de entrada para umidade, insetos e microrganismos, provocando o apodrecimento da estrutura.
Além dessas, há também as pragas secundárias, aquelas que, apesar de alguma injúria, não causam danos econômicos.
Fonte: AgroLink