“O concurso para preenchimento de 200 vagas de auditor fiscal federal agropecuário (affa) é tão inferior ao mínimo necessário que podemos afirmar que atenderia em torno de 10% do efetivo necessário para que se normalizem as rotinas de trabalho e as demandas represadas na maioria das áreas”, explica Soraya Elias Marredo, delegada do Sindicato dos Auditores Fiscais Federais no Rio Grand do Sul (DS-RS ANFFA Sindical).
A delegada sindical lembra que os affas, que comemoram amanhã (30/6) 23 anos da data de criação da carreira, trabalham para a segurança na produção de alimentos e produtos agropecuários. Se considerar a projeção de vagas por Estado, o Rio Grande do Sul deverá absorver entre 10 e 20 vagas, se mantendo com déficit elevado de pessoal.
Para Soraya, um país com a população estimada em mais de 200 milhões e dimensões continentais, com vocação para agricultura e pecuária e exportador de alimentos precisa zelar para manter o serviço preferencialmente em condições de excelência. Só assim é possível garantir assim a inserção e a permanência do Brasil nos grandes blocos de exportadores.
Lamentavelmente, o descaso com o serviço público federal levou a esses números. Precisamos de um concurso com oferta de mais vagas e a previsão de realização de concursos com frequência que impeça que se chegue a situações extremas como agora, com áreas sem atendimento, acúmulo de funções, esgotamento físico e mental, afastamentos por licença médica entre outras situações.
Fonte: Karen Viscardi