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Conab tenta dimensionar volume da safra perdido pelo caminho

Das lavouras até as indústrias ou portos, parte dos grãos colhidos pelos produtores é perdida pelo caminho – em armazéns ou nas rodovias por onde passam os caminhões que transportam a safra brasileira. Embora é sabido que as perdas ocorrem, não há ainda estatísticas no país que indiquem o quanto da produção de soja, milho, arroz ou trigo não chega ao destino final por problemas no pós-colheita.

– Não é possível melhorar a qualidade de um grão colhido, mas é possível mantê-la para que chegue na indústria ou nos portos com a mesma condição que saiu da lavoura – exemplifica Marcelo Alvares de Oliveira, pesquisador da Embrapa Soja e presidente da Associação Brasileira de Pós-Colheita de Grãos.

O especialista refere-se aos cuidados necessários na armazenagem dos grãos, da secagem à limpeza. Qualquer impureza ou umidade acima do recomendado, por exemplo, pode atrair pragas ou doenças à produção. Formas de reduzir essas perdas serão discutidas durante o VII Simpósio Sul de Pós-Colheita de Grão, que será realizado de terça até quinta-feira, em Erechim, no norte do Estado.

– É preciso treinar profissionais que trabalham no setor de armazenagem, tanto em cooperativas quanto nas propriedades – ressalta Oliveira.

Para quantificar o volume da safra brasileira perdida no caminho, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está levantando informações nos principais Estados produtores. Um dos estudos, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso, irá se ater ao transporte nas produções de arroz no Rio Grande do Sul, de milho em Mato Grosso e de trigo no Paraná. Estão sendo avaliadas tecnologias para transporte, como uso de velcro nas lonas dos caminhões para reduzir as perdas na estrada.

São estudos fundamentais para atacar ineficiências logísticas e proteger a principal riqueza das lavouras.

Por: Joana Colussi

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