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Como reduzir o impacto das doenças respiratórias na produtividade das granjas?

Cada granja é única e ter uma visão 360º da produção de proteína suína auxilia no controle e prevenção das doenças respiratórias do plantel

O aumento da demanda mundial pela produção de proteína suína promoveu, nos últimos anos, uma maior adesão ao sistema intensivo de criação na suinocultura, com mais animais sendo criados em ambientes fechados visando potencializar os índices produtivos da granja. Embora este sistema traga uma maior eficiência produtiva, a ocorrência de doenças infecciosas passa a ser maior, com um destaque importante para as doenças respiratórias.

Consideradas como doenças multifatoriais, as doenças respiratórias dos suínos comprometem o bem-estar dos animais e impactam negativamente os índices de crescimento, ganho de peso e conversão alimentar dos animais, atuando também na elevação dos índices de mortalidade nas granjas e na condenação de carcaças ao abate.

“Uma combinação de condições que possam estressar a suíno, como alterações de dieta, de ambiente, excesso de manipulação ou mesmo alterações de temperatura, são capazes de provocar queda de imunidade destes animais, e, associados a um manejo sanitário deficiente, facilitam a incidência e proliferação das doenças respiratórias nas granjas, especialmente e Pleuropneumonia e a Pneumonia Enzootica Suína”, relata Marcio Dahmer, médico-veterinário gerente de linha Suínos da Ceva.

A Pleuropneumonia Suína tem como agente causador a bactéria Actinobacillus pleuropneumoniae (APP), que pode acometer suínos de todas as idades, em especial animais na fase de crescimento e terminação. A bactéria promove uma broncopneumonia que pode evoluir para pleurite adesiva, é bastante contagiosa e tem um índice considerável de mortalidade dos animais doentes. Em situação de surto epidemiológico nas granjas, a morbidade pode exceder 50% dos animais, com mortalidade variando entre 1 e 10% dos animais acometidos.

Já a Pneumonia Enzoótica Suína (PES) tem um baixo índice de mortalidade, mas é uma doença de difícil erradicação e com alta incidência nas granjas brasileiras. A doença é causada pela bactéria Mycoplasma hyopneumoniae, que destrói o principal mecanismo de defesa inespecífico do sistema respiratório suíno, o elevador mucociliar. Desta forma, a doença compromete a imunidade respiratória do animal e facilita infecções oportunistas durante toda a vida produtiva do suíno.

O produtor precisa estar atento porque nem sempre os suínos apresentam uma sintomatologia clara destas doenças, mas estudos apontam que a Pneumonia Enzootica Suína, por exemplo, é responsável por uma redução entre 20% e 30% do potencial produtivo da granja. Para Marcio, “os impactos econômicos são muito relevantes ao suinocultor, seja na perda produtiva ou nos gastos com medicação para o controle destas infecções. Além disso, no Brasil, a proteína dos animais com lesões pulmonares e pleurite não pode ser exportada, impactando os lucros das granjas e das empresas exportadoras”.

A universidade de Cambridge promoveu um estudo onde cada 1% de aumento na prevalência de pleurite dos lotes abatidos equivale a 70g a menos no peso de carcaça do lote. Outro estudo, realizado por Diaz et.al, evidencia que o prejuízo para um lote de 100 suínos onde 20 animais apresentam pleurisia seria em torno de £0,21 por cada suíno no lote.

“A vacinação contra estes dois agentes infecciosos é a melhor forma que o suinocultor tem de prevenir estas doenças e garantir todo o potencial produtivo da granja. Contra a Pleuropneumonia Suína, a vacinação com Coglapix® tem sido a ferramenta mais eficaz e permite proteção contra os principais sorotipos existentes no Brasil, com eficácia e segurança comprovadas. Já para o combate à Pneumonia Enzoótica Suína, a imunização com Hyogen® é referência no mercado e potencializa a estimulação do sistema imunológico dos animais, garantindo maior eficácia no controle desta doença”, Marcio declara.

Com uma visão 360º sobre a suinocultura e indo além da saúde animal, a Ceva Saúde Animal vem disponibilizando a aprimorando serviços e ações junto aos produtores, a fim de fomentar uma suinocultura mais competitiva e sustentável para todos. A empresa desenvolveu um software capaz de avaliar de maneira global a saúde pulmonar dos suínos abatidos, fornecendo ao suinocultor informações precisas sobre o impacto e a circulação das doenças pulmonares que afetam a granja por meio da criação de um score das lesões pulmonares encontradas ao abate.

“O Ceva Lung Program (CLP) foi elaborado com uma metodologia exclusiva e tem um robusto banco de dados, alimentado por granjas do mundo todo. O objetivo é que ele seja uma ferramenta estratégica na granja, auxiliando na mensuração dos impactos das doenças respiratórias, possibilitando um conhecimento real sobre o status sanitário dos rebanhos nacionais e fornecendo aos suinocultores possibilidades de abordagens preventivas mais efetivas de acordo com a situação do plantel”, finaliza o médico-veterinário.

Cada granja é única, e o CLP entende isso, auxiliando os produtores de acordo com as suas necessidades e os desafios enfrentados pelos animais. Os protocolos sanitários sugeridos pelo programa abrangem desde o treinamento das equipes, até o manejo individual dos lotes durante todas as fases produtivas. Desta forma, é possível ter um plantel mais sadio, produção mais rentável e proteína de maior qualidade chegando à mesa do consumidor.

Fonte: Mayra Dalla Nora

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