Cada vez mais frequente, a doença deve ser prevenida com ações que envolvem imunização e manejo dos galpões
Não só os humanos sofrem com problemas respiratórios na época mais fria do ano. Nas aves, essa também é uma realidade.
Pelo conforto térmico dos animais, há a tendência em manter aviários mais fechados no inverno. No entanto isso diminui a renovação de ar e também prejudica a remoção de amônia, pó e de partículas em suspensão no interior dos galpões. Esses fatores, que pioram a qualidade do ar, podem predispor as aves à ação de agentes infecciosos, dentre eles o metaPneumovírus aviário (mPVA), causador da pneumovirose aviária (PVA).
Relatada em todo o mundo e conhecida por sua grande importância devido aos prejuízos que causa às criações avícolas, a PVA está também associada aos casos de síndrome da cabeça inchada (SCI) em galinhas e perus.
Aqui no Brasil, a PVA é uma enfermidade de ocorrência relativamente recente. “Até bem pouco tempo a pneumovirose não era considerada um risco, mas a doença vem adquirindo importância crescente na indústria avícola nacional pelos prejuízos que causa em frangos de corte, poedeiras comerciais e reprodutoras pesadas”, conta o médico-veterinário Eduardo Muniz, Gerente Técnico em Aves da Zoetis.
Diagnóstico
Além da cabeça inchada (SCI), outro sinal clínico a que o produtor deve ficar atento é o que popularmente chamamos de “ronqueira”, um ruído verificado pela ausculta do estertor pulmonar e dos sacos aéreos das aves. “Geralmente, é um sintoma identificado durante a inspeção dos lotes pelo produtor. À noite, é mais fácil escutá-lo, quando todas as luzes estão apagadas e os equipamentos de ventilação estão desligados”, explica Muniz.
O especialista ressalta, contudo, que, para um correto diagnóstico do agente causador da doença respiratória em aves é imprescindível a realização de exames laboratoriais. “Somente com os testes podemos direcionar as ações mais eficazes a cada problema e fazer o diagnóstico diferencial. O que temos percebido é que o mPVA é um agente relativamente comum e, em algumas regiões do País, é subestimado”, observa o especialista.
Prevenção
Além da questão da qualidade do ar, com a adequada ventilação dos galpões, uma ferramenta bastante efetiva no controle dessa doença é a vacina. “Hoje, praticamente todas as matrizes (aves reprodutoras) são vacinadas. Há regiões em que a imunização em frangos de corte, mediante o diagnóstico, também tem sido feita, e com bons resultados”, relata Muniz.
A solução da Zoetis é a vacina Poulvac TRT. Apresentada na forma liofilizada, é produzida a partir de amostras selecionadas do vírus vivo atenuado.
Deve ser administrada por spray ou por via óculo-nasal a perus e pintos, a partir do 1° dia de vida ou de acordo com a prescrição do médico-veterinário responsável
Fonte: Silvia Sibalde