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Como acelerar e facilitar o manejo reprodutivo bovino?

A busca por maior eficiência reprodutiva é um dos pilares da produtividade na pecuária moderna. Nesse contexto, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) tem se consolidado como uma das principais estratégias para o avanço genético, organização do calendário reprodutivo e redução do intervalo entre partos.

Entre os diversos protocolos disponíveis, os baseados em 7 dias de exposição à progesterona têm ganhado destaque por sua eficácia e flexibilidade operacional.

O protocolo de 7 dias baseia-se na utilização de dispositivos intravaginais de progesterona por um período reduzido, promovendo um menor intervalo entre a emergência da folicular e a ovulação – o que em geral melhora a qualidade do oócito ovulado. “A curta duração do tratamento propicia a presença de folículos dominantes de menor diâmetro no momento da luteólise induzida, permitindo a ovulação de oócitos mais saudáveis além de diminuir a proporção de animais que ovulam de forma prematura – antes do momento da IATF. Fatores estes que em algumas situações, como em novilhas e animais de alta condição corporal, podem estar diretamente associados ao aumento das taxas de prenhez na fazenda. É importante lembrar que os melhores resultados com protocolos mais curtos envolvem a utilização de GnRH no momento da IA”, explica o gerente técnico da Unidade de Pecuária da Ceva Saúde Animal, Alexandre Souza.

Além disso, esse protocolo oferece várias vantagens para a reprodução assistida de bovinos, incluindo:

  • Sincronização Eficiente: Permite uma sincronia mais precisa do ciclo estral, por evitar ovulações prematuras ocorrendo antes do momento da IATF, e facilitando o planejamento das inseminações ao longo da estação de inseminações – aumento da capacidade de inseminações que podem ser realizadas em cerca de 20 a 30% em relação aos protocolos de 8 ou 9 dias de progesterona – otimizando o uso da mão de obra.
  • Melhoria nas Taxas de Concepção: A sincronia folicular e ovulatória proporciona um ambiente mais favorável para a fertilização, resultando em melhores taxas de concepção em categorias propícias a ter ovulações prematuras como novilhas e animais de boa condição corporal em geral.
  • Flexibilidade na Implementação: A estrutura do protocolo permite sua aplicação em diferentes categorias de animais, incluindo vacas e novilhas, adaptando-se às necessidades específicas de cada rebanho.
  • Redução do Intervalo entre Partos: A eficiência do protocolo contribui para a diminuição do intervalo entre partos, particularmente em rebanhos utilizando ressincronizações, aumentando a produtividade do rebanho.
  • Benefícios Econômicos: A melhoria nos índices reprodutivos em certas categorias como explicado acima e a otimização da mão de obra e dos recursos ao longo da estação de inseminações resultam em benefícios econômicos significativos para os produtores.

Adicionalmente, o uso do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH) no momento da IATF potencializa a resposta reprodutiva do rebanho. O GnRH induz a liberação endógena de LH, essencial para a ovulação de folículos dominantes e luteinização adequada. A utilização do GnRH no momento da IA em protocolos de 7 dias tem se mostrado especialmente benéfica em fêmeas Bos indicus de menor condição corporal e em animais com folículos menores ao final do protocolo, perfis frequentemente associados à ausência de estro e ovulações tardias. Estudos indicam aumento significativo da taxa de prenhez nesses grupos quando o GnRH é utilizado na IATF.

“Além dos benefícios fisiológicos e zootécnicos, o protocolo de 7 dias apresenta elevada viabilidade operacional. A padronização semanal do manejo, em que o dia da inserção do dispositivo de progesterona coincide com o dia da sua remoção, permite programar ciclos reprodutivos organizados, com possibilidade de realizar até seis IATFs por semana. Essa estruturação logística viabiliza o atendimento de grandes volumes de animais com racionalização da mão de obra, insumos e tempo, aumentando a produtividade por unidade de área durante a estação de monta”, afirma Rafael Moreira, gerente da Linha de Reprodução da Unidade de Pecuária da Ceva.

Do ponto de vista econômico, a adoção do protocolo de 7 dias traduz-se em maior facilidade de execução e melhores taxas de prenhez à IATF em algumas categorias, maior número de bezerros nascidos no início da estação de parição (o que impacta no peso à desmama), além da redução do intervalo entre partos. Esses fatores contribuem diretamente para a melhoria dos índices zootécnicos do rebanho e maior retorno sobre o investimento em biotecnologia reprodutiva.

Para auxiliar os pecuaristas a otimizarem o processo reprodutivo na fazenda, a Ceva oferece ao mercado o FOLI-REC®, o primeiro e único eCG recombinante do mercado brasileiro, que pode ser utilizado em protocolos convencionais de períodos de tratamento com dispositivos de progesterona de 8 ou 9 dias, e caso faça sentido para o rebanho, também pode ser usado de forma eficaz em protocolos para IATF de 7 dias de implante de progesterona.

O eCG recombinante do FOLI-REC® (reCG) é produzido por meio de técnicas de engenharia genética sem a utilização de matéria-prima de origem animal no processo. Desta forma, não há necessidade de coletar o sangue de éguas prenhes para a extração do hormônio. O que gera incrementos para o bem-estar animal, evita riscos de contaminação e da transmissão de doenças. Além disso, esse processo de produção mais robusto elimina a variabilidade entre os lotes devido a fatores como raça e idade ou estágio gestacional da égua. Outro importante diferencial do FOLI-REC® é ser uma solução injetável pronta para uso. Ou seja, o produto não necessita de reconstituição para ser utilizado, facilitando o manejo da IATF.

Fonte: Gisele Assis

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