A nanotecnologia vem sendo utilizada na agricultura e, a cada dia, mais inovações são testadas. Na Verdureira essa tecnologia passou a ser usada por meio de nanobolhas e sua aplicação no sistema de hidroponia da agroindústria foi a peça que faltava para o sucesso da empreitada de implementação do floating, uma técnica de hidroponia DWC (Deep Water Culture) que consiste no cultivo em piscinas, onde as hortaliças são plantadas em placas que ficam sobre a água.
Entre as muitas vantagens, os especialistas da Verdureira constaram que, ao descobrir como injetar oxigênio na solução utilizando nanobolhas no processo, a saúde da solução nutritiva para as hortaliças era favorecida. E, além de promover o ambiente propício para o crescimento das plantas por meio da oxigenação das raízes, isso evitou o desperdício de água na troca da solução nutritiva. Outro ponto importante é que o oxigênio, através da nanobolha, atua como um sanitizante, criando um ambiente menos favorável para o aparecimento de pragas.
Graças às nanobolhas e o método criado no floating da Verdureira, a expectativa inicial de produção mensal de 39 toneladas, em 16 piscinas, foi superada. Hoje a Verdureira está em plena capacidade produtiva com 45,7 toneladas de hortaliças produzidas por mês por meio do método.
Fundada há 29 anos, a Verdureira é a primeira empresa brasileira a entregar saladas gourmet prontas para consumo. Com uma fazenda periurbana localizada em São Roque (SP), a menos de 60 km da capital paulista, sua produção chega aos mercados em até 24 horas após a colheita, mantendo o frescor dos alimentos e diminuindo o desperdício. Hoje, a Verdureira tem três linhas de produtos: Insalata Prima (folhas), Cucina Prima (legumes e sopas) e Ver O Verde (saladas), todos prontos para consumo, entregues em mais de 350 estabelecimentos do estado de São Paulo. Em 2023, a empresa foi investida pela Baraúna Investimentos com um aporte de R$ 10,3 milhões.
Fonte: Mariana Celle
