A busca por maior eficiência nutricional é um dos principais caminhos para tornar o manejo agrícola mais produtivo, sustentável e rentável. A capacidade da planta em transformar o nutriente aplicado em produção efetiva está diretamente ligada à produtividade, qualidade e retorno econômico, com mínimas perdas no ambiente.
E já que os fertilizantes representam parte significativa dos custos de produção, minimizar essas perdas tornou-se uma prioridade no campo. É por isso que as soluções que vão além da entrega de insumos básicos têm se mostrado indispensáveis.
Os fertilizantes mais eficientes, segundo explica o gerente de Produtos da Fortgreen, João Vidotto, são aqueles que entregam nutrientes em formas altamente disponíveis, com aditivos que favorecem sua absorção e tecnologias que reduzem riscos de incompatibilidade.
A presença de compostos orgânicos, como as substâncias húmicas e fúlvicas, pode evitar reações indesejadas no solo e criar um ambiente mais ativo ao redor das raízes, já que essas opções melhoram a retenção de nutrientes e o crescimento das plantas – e a Fortgreen tem em seu portfólio uma solução que representa a aplicação prática desses conceitos.
O Black Gold é rico em substâncias húmicas e fúlvicas extraídas da versão norte-americana da rocha Leonardita. Fonte natural desses elementos, o minério é coletado na região da Dakota do Norte, nos EUA, que contém a versão reconhecida internacionalmente por abrigar a maior concentração desses compostos orgânicos.
A rocha chega moída para a companhia no Brasil, que realiza um processo exclusivo de extração das substâncias, sem uso de agentes químicos fortes, como em outros produtos do mercado. “O resultado é uma solução que contribui para a complexação natural dos nutrientes, aumentando sua disponibilidade e reduzindo perdas, além de favorecer o crescimento radicular da planta”, resume Vidotto.
A versatilidade de aplicação também favorece o produtor. Seja via solo, fertirrigação ou pulverização foliar, o produto amplia o potencial de uso em diferentes culturas e sistemas de produção.
De acordo com Vidotto, os resultados em campo são consistentes. “Temos observado melhor aproveitamento dos nutrientes, aumento da massa fresca e seca foliar e radicular e, como consequência, maior produtividade em culturas como milho, soja, feijão, batata, cana-de-açúcar, café e frutas”, adiciona o especialista.
Agricultura moderna exige soluções com atuação mais abrangente
O desafio atual, de acordo com o gerente de Produtos da Fortgreen, é aumentar o aproveitamento de nutrientes enquanto se reduz os processos que dificultam a absorção dos nutrientes. A lixiviação (dissolução via infiltração de água) é um exemplo, principalmente no que se refere a elementos como nitrogênio, potássio, enxofre e boro, comum em solos arenosos e em regiões com chuvas intensas.
Nesse sentido, Vidotto também cita a volatilização (quando a substância passa do estado líquido para o gasoso), especialmente da ureia, que pode resultar na liberação de amônia quando a aplicação é realizada em momentos inadequados.
“Também temos outros desafios, como a fixação do fósforo em solos com acidez elevada, um dos grandes agentes influenciadores da fertilidade, fazendo com que o nutriente se ligue ao ferro e ao alumínio, tornando-se indisponível às plantas”, acrescenta, citando também a imobilização microbiológica em momentos de desequilíbrio na relação carbono-nitrogênio como outro fator presente no “radar” do produtor.
Na visão de Vidotto, a agricultura moderna precisa ir além dos insumos: ela demanda ferramentas inteligentes que combinem nutrição, fisiologia, tecnologia de aplicação e conhecimento técnico aplicado. “Produtos desenvolvidos com esse olhar mais amplo se encaixam melhor na realidade do campo, principalmente em sistemas intensivos”, finaliza.
Fonte: Natalia Ponse
