Uma das pesquisas mais abrangentes já feitas sobre longevidade saudável foi recentemente divulgada pela Universidade de Harvard (EUA). O estudo, feito em parceria com outras duas instituições renomadas, a Universidade de Copenhague (Dinamarca) e a Universidade de Montreal (Canadá), acompanhou mais de 100 mil adultos por 30 anos e concluiu que adotar uma alimentação rica em vegetais, grãos integrais e alimentos minimamente processados pode ser determinante para envelhecer com mais saúde física, cognitiva e emocional.
Segundo os pesquisadores, as dietas mais eficazes incluíam frutas, verduras, castanhas, legumes, gorduras insaturadas e grãos integrais – como o arroz. Alimentos de origem animal em quantidades moderadas, como peixes e alguns laticínios, também se mostraram benéficos, especialmente quando associados a uma ingestão mínima de ultraprocessados. O resultado mais surpreendente foi a constatação de que é possível chegar aos 70 anos sem doenças crônicas graves quando se tem uma dieta equilibrada e natural ao longo da vida.
A nutricionista Dra. Aline Maldonado, especialista em nutrição clínica e consultora da Josapar – detentora das marcas Tio João e Meu Biju –, destaca que o tradicional prato brasileiro com arroz e feijão é uma das combinações mais completas do ponto de vista nutricional.
“Quando consumidos juntos, esses alimentos se complementam perfeitamente. O arroz é fonte de carboidratos saudáveis, vitaminas do complexo B e minerais como manganês e selênio; enquanto o feijão fornece proteínas vegetais, ferro, zinco, fibras e antioxidantes. Essa união oferece todos os aminoácidos essenciais ao corpo humano e contribui diretamente para o bom funcionamento do organismo, prevenindo carências nutricionais comuns no processo de envelhecimento”, explica.
Segundo ela, arroz e feijão podem e devem estar presentes diariamente nas principais refeições, inclusive no jantar. “É uma dupla democrática, acessível e extremamente versátil, que ajuda na regulação do açúcar no sangue, promove saciedade e melhora o trânsito intestinal. Além disso, o consumo regular contribui para a saúde cardiovascular, o controle do peso e o equilíbrio da microbiota intestinal, um fator-chave para imunidade e saúde mental”, completa a especialista.
Fonte: Ana Paula Giorgetti