26.1 C
Jatai
InícioNotíciasCategoria GeralCNMA 2024 debate como apresentar de forma eficiente iniciativas ambientais do agronegócio...

CNMA 2024 debate como apresentar de forma eficiente iniciativas ambientais do agronegócio na COP30

Apresentar, de forma ética e eficaz, as iniciativas positivas do agronegócio brasileiro nas áreas ambiental e social será o foco da mesa-redonda “Mudança Climática e Mulheres COP30 – Dos Fatos à Comunicação”, que integra a programação da 10ª edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA). O evento ocorre nos dias 22 e 23 de outubro, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP), com expectativa de reunir mais de três mil mulheres. 

O debate será realizado no segundo dia do evento e contará com a participação do presidente-executivo da Rede ILPF, Francisco Matturro e a superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Tânia Zanella. Além da presença da moderadora Roberta Paffaro, especialista em Gestão de Risco em Commodities Agrícolas. 

Para Roberta, o CNMA tem papel estratégico ao trazer para o centro do debate temas que refletem as transformações do setor no curto e médio prazo. Ela ressalta que ainda há desinformação sobre mudanças climáticas, mas também um trabalho crescente de esclarecimento feito por entidades do agro, associações e pela mídia. 

“O Brasil está entre os poucos países com capacidade real de contribuir para a segurança alimentar global. Se há fome, não há paz. Acredito que o viés da demanda crescente por alimentos pode ser a forma mais direta de traduzir o papel do agro”, afirma. 

Roberta destaca que garantir a credibilidade do setor diante das mudanças climáticas exige avanço contínuo em práticas sustentáveis. Entre os pontos-chave estão a redução de emissões, a preservação ambiental e o combate ao desmatamento ilegal, essenciais para manter a confiança dos mercados internacionais. 

Ela também ressalta a importância de uma gestão mais eficiente dos recursos naturais, como água e solo, aliada ao monitoramento da qualidade ambiental. Além disso, defende que transparência, rastreabilidade e responsabilidade social são fundamentais para fortalecer a imagem do agro brasileiro e abrir portas para novos mercados. 

“A valorização das boas práticas trabalhistas, a inclusão de pequenos produtores e o uso de certificações ESG são caminhos que consolidam o Brasil como referência em inovação, produtividade e sustentabilidade”, destaca. 

A presença das mulheres na COP30 também será tema central da mesa. Roberta acredita que elas têm papel decisivo na construção de soluções mais humanas, integradas e eficazes. Para ela, o olhar coletivo e a preocupação com justiça social são diferenciais essenciais quando se fala em clima. 

“A criação do grupo de trabalho ‘Mulheres na COP30’ e do Pavilhão das Mulheres em Belém são conquistas simbólicas e práticas. Quando uma mulher fala de clima, ela não fala só do agora — fala do futuro das próximas gerações. E o agro precisa escutar essa voz com atenção”, afirma. 

Conscientização e protagonismo feminino 

Para Tânia Zanella, o CNMA cumpre uma função essencial ao ampliar o diálogo sobre mudanças climáticas a partir de uma perspectiva diversa e inclusiva. Segundo ela, as mulheres do campo vivem os efeitos das alterações climáticas no dia a dia, seja na produção, na gestão ou nas decisões sobre o uso da terra. 

“Ao trazer esse debate para o centro das discussões, o evento promove conscientização, troca de experiências e mobiliza lideranças femininas para que sejam protagonistas das soluções. É assim que construímos um setor mais resiliente e comprometido com o futuro do planeta”, destaca. 

Tânia aponta que, embora o tema esteja mais presente na mídia, ainda há o desafio de comunicá-lo de forma acessível, com uma linguagem clara, conectada à realidade das pessoas. Para ela, é essencial mostrar que a crise climática impacta diretamente a alimentação, a saúde, a economia e o bem-estar da população. 

“Precisamos comunicar com emoção, por meio de histórias reais de quem já está fazendo a diferença. A comunicação é uma aliada estratégica na mobilização da sociedade”, afirma. 

Ela destaca que o agronegócio brasileiro tem avançado em áreas como rastreabilidade ambiental, uso racional de recursos naturais, gestão de resíduos, controle de emissões e conservação da biodiversidade. No entanto, quando esses avanços não são bem comunicados, o setor acaba sendo generalizado injustamente. 

“É preciso mostrar com clareza o que já fazemos bem e onde ainda podemos evoluir, sempre com base em dados transparentes e confiáveis. A divulgação dessas ações pode ser intensificada com o apoio de parcerias estratégicas, da mídia e de espaços como o CNMA, que estimulam a troca de experiências e inspiram boas práticas”, completa. 

Tânia acredita que a participação feminina na COP30 é essencial porque a agenda climática demanda olhares múltiplos e complementares. Segundo ela, a sensibilidade, a capacidade de articulação e o espírito colaborativo das mulheres são diferenciais poderosos nesse processo. 

“Quando uma mulher do agro participa de uma conferência global, ela leva consigo conhecimento técnico, vivências práticas e soluções inovadoras que nascem no chão da roça e podem inspirar o mundo. A presença feminina fortalece a construção de políticas públicas mais justas, inclusivas e eficazes. É hora de ocuparmos todos os espaços — inclusive os de negociação internacional — com voz ativa e protagonismo”, conclui. 

Fonte: Juliana Bonassa – Attuale Comunicação

spot_img

Últimas Publicações

ACOMPANHE NAS REDES SOCIAIS