O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou para mais de 500 empresários, brasileiros e alemães, que os setores privados dos dois países devem ser vocais no apoio ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Robson de Andrade participou da abertura do 34º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), em Weimar, na Alemanha, nesta segunda-feira (17).

Robson Braga de Andrde, presidente da CNI
De acordo com o presidente, o Brasil vive um momento de retomada do crescimento econômico. E, para ter sucesso nesta tarefa, precisa de uma maior integração do país à economia global. “A CNI tem acompanhado ativamente as negociações com vistas à conclusão do Acordo de Associação Mercosul-União Europeia. Conhecemos os temas sensíveis existentes, mas temos a certeza de que o acerto, de modo geral, seria bom para todos os países. A reconhecida liderança da Alemanha será fundamental para que o resultado desse processo negociador tenha êxito”, afirmou.
A Alemanha é quarto maior parceiro comercial do Brasil, com participação de 4,3% no total da corrente de comércio brasileira de bens. É o quinto principal destino das exportações brasileiras no mundo (2,7% das exportações totais), e o segundo principal destino na União Europeia, representando 15% das exportações para o bloco.
Em 2015, os manufaturados representaram 33% das exportações brasileiras para a Alemanha, que está entre os 10 principais destinos dessas exportações. Em relação às importações brasileiras, a Alemanha é o terceiro fornecedor no mundo (6,0% das importações brasileiras totais) e o principal fornecedor na União Europeia (31% das importações brasileiras do bloco). A Alemanha também é o quarto destino das exportações brasileiras de serviços, e ocupa a terceira posição entre as nações fornecedoras ao Brasil.
Os estoques de investimentos da Alemanha no Brasil sofreram uma queda de 40% entre 2010 e 2014. Apesar disso, o país ainda é um dos principais investidores no Brasil, ocupando a 7ª posição em 2014, com US$ 18,2 bilhões, concentrando investimentos na indústria de transformação. Por sua vez, os estoques de investimentos brasileiros na Alemanha cresceram 73,9% entre 2007 e 2015.
“O fluxo de comércio e investimentos retrata a relevância para o Brasil e a Alemanha das negociações comerciais em andamento entre os blocos, merecendo o empenho de ambos os lados, por parte do governo e dos setores privados”, disse o presidente Robson Braga de Andrade.
EEBA – O 34º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA) é organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a entidade empresarial alemã BDI, em parceria com a Câmara de Comércio Brasil Alemanha (AHK), em 17 e 18 de outubro, em Weimar, na Alemanha. Esse encontro ocorre todos os anos, de forma alternada entre os dois países e é o mais importante da relação bilateral. Neste ano, o tema é “Novo rumo para o Brasil: oportunidades de cooperação bilateral”.
Fonte: CNI