Com 100% do trigo plantado, a área da cultura na região de abrangência da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), ficou em aproximadamente 1.500 hectares, com 800 hectares para sementes e o restante destinado ao consumo. Na safra passada, foram plantados 2 mil hectares de trigo. A redução também se confirma no município de Campos Novos, com cerca de 5, 5 mil hectares, contra 7 mil hectares em 2016.
O Engenheiro Agrônomo Helan Paulo Paganini, afirma que a redução na área plantada ocorre em função do custo de produção. “Ano após ano a área de trigo vem diminuindo, mas a Coocam tem conseguido manter as áreas, praticamente quase as mesmas do ano passado. Em 2016, o produtor teve uma produção boa, qualidade muito boa do trigo e ainda o preço não foi o melhor, o produtor vendeu a cerca de R$ 36,00 o saco. Nesse ano o produtor está vendendo o saco em torno de R$ 30,00. Preço bom para o produtor se sentir estimulado a plantar trigo e vender seria a partir dos R$ 38,00 a R$ 40,00 o saco”.
Embora considerada uma cultura de alto risco, o trigo é um alternativa ao produtor que não explora a pecuária, para não deixar o maquinário e mão de obra parados durante o inverno. “O trigo é uma cultura de risco e pelos custos de produção e preço de venda do produto final, tem que produzir muito para valer a pena e empatar o custo. O produtor que está plantando hoje é o que tem área disponível e não coloca gado em cima, que tem o maquinário parado no inverno e funcionários que podem ficar parados no inverno. Mas pelo custo da produção, tem que produzir pelo menos 80 sacos por hectare, que é considerada uma alta produtividade”, enfatizou Helan.
Para quem arriscou investir no trigo, deve estar atento ao controle de pragas e doenças. “Quem arriscou deve caprichar na adubação de base e nitrogenada, ter os cuidados necessários para evitar a incidência de pragas e doenças como as manchas e lá na frente quando o trigo está soltando a flor temos muitos problemas com a giberela, que pode ocasionar uma perda grande no trigo”, concluiu Helan.
Fonte: JORNAL CELEIRO
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