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Clima gelado no Campo: estufa aquece e garante produção de flores em período de frio

O frio intenso, em regiões agrícolas, no estado de São Paulo, afeta drasticamente a cadeia produtiva da floricultura. Setor responsável por movimentar, anualmente, mais de 8,4 bilhões, cerca de 37% do PIB nacional e gerar cerca de 130 mil empregos diretos, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA). As temperaturas baixas podem retardar o crescimento e a floração das plantas, afetando a época de produção e a qualidade das flores. Para garantir o cultivo em período desfavorável, o uso de estufas na floricultura torna-se imprescindível para o produtor rural paulista.

“As estufas criam um microclima controlado, permitindo a manutenção de temperaturas internas mais elevadas e estáveis, essenciais para o crescimento saudável das plantas mesmo em dias gelados. Elas possibilitam, também, o controle preciso da umidade e iluminação, reduzindo a incidência de pragas e doenças típicas do inverno”, explicou Bruno Rossafa, especialista Agro do Grupo Nortène, Consultor em Plasticultura.

Além de permitir o controle de temperatura, umidade e luz, criando um ambiente ideal para o cultivo de flores, o uso garante ao produtor a garantia das atividades econômicas e agrícolas.“A produção contínua ao longo do ano, aumentando a disponibilidade do produto. Assim, o produtor obtém maior produtividade, minimiza prejuízos e eleva sua lucratividade,” ressaltou Bruno Rossafa.

A cadeia produtiva de floricultura e plantas do Estado de São Paulo é referência nacional na utilização de ambientes controlados. No caso da região, no sul de Minas Gerais, o produtor rural, Joel Pimentel, teve parte significativa do cultivo das flores queimadas (Alstroemeria, lírios, boca de leão, girassol, hortênsia), por conta da geada que atingiu, recentemente, o município de Munhoz (MG), no mês de junho. O prejuízo financeiro, segundo o produtor, foi calculado algo em torno de R$30 mil reais.

“Nós nos deparamos com esta geada, que trouxe um prejuízo, com a perda estimada de 30% de produção queimada. Isso vai ocasionar um desabastecimento em nossos clientes em São Paulo. Julho é um mês em que o mercado não está aquecido, devido ser um período de férias, festas, julinas e algo mais. Mas ficamos bastante angustiados com tudo isso”, disse Joel Pimentel.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), possui uma linha de financiamento: Agricultura Sustentável, que atende às necessidades dos produtores na implementação de estufas. “O apoio do FEAP tem sido fundamental para que pequenos e médios produtores invistam em estruturas em ambiente protegido. Com linhas de crédito acessíveis, o Fundo permite que o agricultor enfrente os desafios climáticos com mais segurança, garantindo a continuidade da produção mesmo nos períodos de frio intenso”, destacou o secretário executivo do FEAP, Felipe Alves.

Beneficiários podem acessar financiamento de até R$250 mil, com 3% de juros anuais, prazo de até 84 meses e carência de até 48 meses, respeitando o ciclo produtivo. “Quando o produtor tem acesso a esse tipo de financiamento, ele não só protege sua lavoura, mas também protege sua renda, sua família e o abastecimento do mercado. Eu destaco a equipe técnica da CATI, responsável por orientar os projetos. O incentivo ao uso de tecnologias adequadas, como as estufas, reforça o compromisso do Estado com a sustentabilidade da atividade agrícola e com a valorização do trabalho no campo”, concluiu Felipe Alves.

Fonte: Guilherme Araujo dos Santos 

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