Projeto desenvolvido pela Beckhauser reuniu importantes vozes desse tema no setor para falar de boas práticas de manejo e sustentabilidade
A Beckhauser, empresa paranaense de equipamentos de contenção bovina, encerrou no dia 15 de dezembro um ciclo de palestras que fizeram parte do projeto Conexões BEAH, que organizou três rodadas de prosas sobre o protagonismo da empresa sobre o tema do bem-estar animal e humano nas fazendas, conectando os parceiros e o público geral a essa questão.
A primeira palestra foi realizada no dia 24 de novembro, com a participação do Zootecnista, Fernando Siqueira de Paula. Este encontro tratou dos impactos da adoção de boas práticas de manejo na pecuária. Durante sua exposição, explicou a definição de manejo racional e como ele deve ser abordado nas propriedades.
“Analisando o significado das palavras, esse é um ato de direcionar de forma inteligente e lógica. Adaptando esse conceito para a realidade das fazendas, manejo racional configura-se como uma forma segura e eficiente de realizar as atividades com os rebanhos, considerando seus comportamentos e suas particularidades”.
Para o profissional, é fundamental que se entenda as reações dos animais às tarefas às quais eles são submetidos. “O bem-estar animal está focado em todos os fatores envolvidos na criação do rebanho, qualquer que seja a finalidade das atividades desenvolvidas na fazenda. Compreender como o gado reage num determinado tipo de situação facilita a adoção de boas práticas de manejo e, consequentemente, torna o ambiente de trabalho mais seguro para os animais e para os colaboradores envolvidos”.
Preservar sem perder resultados
O segundo encontro do projeto Conexões BEAH foi ministrado pelo pecuarista Mauro Lúcio Costa, um importante agente na promoção desse tipo de pecuária. Na Fazenda Marupiara, em Paragominas (PA), ele une boas práticas de manejo dos animais a preservação do meio ambiente e gestão humanizada da atividade para fazer a diferença localmente e disseminar a pecuária sustentável para cada vez mais pessoas.
“Na sua origem, em seu formato original, a pecuária sempre foi uma atividade realizada de forma sustentável, integrando animal, ser humano e natureza. O que a diferencia de outros tipos de práticas é o trabalho do pecuarista em sua propriedade”, explica.
O pecuarista acredita na existência de dois tipos de profissionais: aquele que segue práticas racionais, de bem-estar animal e humano, num modelo de pecuária sustentável, e aquele que não se preocupa em realizar a união entre resultados e cuidados com o meio ambiente e os bovinos, realizando uma atividade insustentável.
“O desafio de hoje é levar o pecuarista insustentável para a sustentabilidade, pois ele não só terá melhores resultados na sua fazenda, mas ainda o fará preservando o meio ambiente para as próximas gerações e valorizando o trabalho de todos os profissionais envolvidos na atividade”, ressalta Mauro Lúcio.
Bem-estar animal e humano: sinônimo de qualidade e responsabilidade
A última palestra deste ciclo foi conduzida pelo professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Mateus Paranhos, maior referência em estudos sobre bem-estar animal e humano no Brasil. Ele discutiu sobre os impactos das boas práticas nas fazendas sobre os negócios dos pecuaristas.
“O bom trato dos bovinos, com a adoção de práticas voltadas ao bem-estar animal e humano, promove uma redução significativa nas perdas das fazendas, de ordem produtiva, de qualidade, financeira e de mercado”, indica o profissional sobre o diferencial dessa estratégia de manejo.
o profissional apresentou estudos e casos práticos que comprovam os benefícios do manejo racional e de boas práticas no curral em comparação ao manejo convencional, que não leva em consideração o bem-estar dos animais e dos profissionais.
“É fato que a contenção individual, o manejo calmo, respeitando o conforto do gado e, consequentemente, dos seres humanos, traz resultados melhores e reduz as perdas e descartes nas fazendas. Disseminar as boas práticas é fundamental para que a pecuária brasileira evolua em qualidade, produtividade e resultados financeiros”, finaliza
Fonte: Ana Flávia Gimenes – Attuale Comunicação