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Chuvas: como a previsão climática auxilia na prevenção de danos nas plantações

No agronegócio, o volume de chuva é essencial para que os produtores tenham sucesso no negócio e, qualquer fenômeno fora do normal ou do esperado, pode causar grandes prejuízos. No início deste ano, por exemplo, segundo um levantamento do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) as chuvas intensas causaram os alagamentos, deslizamentos e impactos no agronegócio, como maior incidência de fungos na agricultura e dificuldades na colheita dos grãos.

A falta de água também é um fator preocupante para o setor. Em 2021, o Brasil viveu sua pior crise hídrica, com os reservatórios operando em níveis bem abaixo da demanda. Como consequência, agricultores enfrentaram a redução da captação de água, prejuízos no desenvolvimento das plantas e a diminuição da colheita.

Não é novidade que as chuvas são fundamentais para manter a produtividade e impulsionar o agronegócio. Porém, para que bons resultados sejam atingidos, é preciso alguns cuidados e estratégias, como a previsão climática. “Graças à tecnologia, é possível visualizar alterações climáticas em tempo real e ter mais tempo para preparar a plantação e aproveitar os períodos chuvosos da melhor forma”, ressalta o CEO da ignitia, Andrew Lala.

A ignita é a primeira empresa de inteligência climática do mundo a entregar previsão e recomendações como quando plantar, pulverizar, fertilizar e colher hiper localizadas considerando o cultivo do produtor com modelos específicos para climas tropicais, como o do Brasil, que têm uma alta variação climática em um curto espaço de tempo, o que gera erros recorrentes, principalmente nos prognósticos de chuva.

Com o sistema da ignitia, produtores têm previsões com até 100% de acurácia na previsão de chuvas e secas. “Nosso objetivo é fazer chegar informações específicas e relevantes para a fazendas para auxiliar na tomada de decisões importantes e personalizadas, como o preparo do solo, aplicação de fertilizantes e aplicação de defensivos”, enfatiza o CEO.

El Niño: o que esperar para os próximos meses

Depois de um ano de La Niña em 2022, com suas chuvas excessivas e períodos de seca imprevisíveis, as condições climáticas estão à beira de uma grande mudança. Em áreas que sofreram com as intensas chuvas, os solos ficaram encharcados, dificultando o plantio e a colheita. Isso levou ao apodrecimento dos grãos e à redução da qualidade dos produtos agrícolas. Além disso, os alagamentos danificaram equipamentos, destruíram estradas rurais e causaram perdas de infraestrutura nas propriedades.

Por outro lado, em regiões afetadas pela seca, as plantações enfrentaram dificuldades para obter água suficiente, resultando em estresse hídrico para as plantas. Isso levou a uma redução na produtividade, tamanho e qualidade dos grãos. Os agricultores também precisaram lidar com o aumento dos custos de irrigação e a escassez de alimentos para o gado, afetando a pecuária.

De acordo com uma declaração da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA, está prevista a chegada do El Niño e, por isso, a anomalia de calor continua crescendo sem parar. “Os impactos desse fenômeno são sentidos globalmente, com mudanças nos padrões climáticos em várias regiões do mundo, frequentemente resultando em eventos climáticos extremos que afetam a produtividade agrícola e os ecossistemas, mesmo em áreas distantes do Pacífico tropical”, explica Andreas Vallgren, PhD e Chief Science Officer da ignitia.

Para o Brasil, segundo Vallgren, a expectativa é de chuvas acima da média nas áreas ao sul, que podem impulsionar a produtividade agrícola. No entanto, há riscos envolvidos, uma vez que os solos podem ficar saturados e propensos a inundações com as anomalias de chuva prolongada.

Grande parte do centro e norte do país, provavelmente, sofrerão escassez de chuvas e períodos de seca erráticos, que podem levar a condições de seca, como, por exemplo, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e regiões ao norte.

Fonte: Carolina Sibila

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