A Playtech dispõe de uma tecnologia chamada BetBuddy que, por meio de Inteligência Artificial, consegue monitorar jogadores em tempo real de forma anônima
A Playtech, em parceria com a plataforma de pesquisa Toluna, elaborou uma nova edição de seu Relatório de Jogo Responsável na América Latina para avaliar o cenário de apostas online atualmente. A pesquisa foi feita online e entrevistou 2.500 pessoas em cinco países – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Peru -, com o objetivo de avaliar o comportamento dos apostadores e descobrir suas preferências quando o assunto são as mensagens de proteção.
As mensagens de proteção são ferramentas desenvolvidas por empresas de tecnologia como a Playtech que as empresas de apostas utilizam para proteger os jogadores que apresentam comportamentos arriscados. Como a indústria do jogo na maior parte da América Latina e no Brasil ainda não é regulamentada, muitos jogadores podem ficar expostos ao jogo sem uma ‘rede de proteção’, com o risco desenvolverem algum tipo de vício ou compulsão. Desta forma, as mensagens de segurança alertam os jogadores sobre seus comportamentos arriscados e oferecem meios de buscar ajuda necessária.
A Playtech dispõe de uma tecnologia chamada BetBuddy que, por meio de Inteligência Artificial, consegue monitorar jogadores em tempo real de forma anônima, utilizando algoritmos que avaliam seus gastos, quantidade de jogos e mais de 50 outras variáveis. Com estes dados anônimos, a tecnologia consegue identificar padrões de comportamento arriscados e enviar mensagens de proteção para que os jogadores diminuam o risco ou busquem ajuda.
De acordo com a pesquisa feita pela Playtech, 52% dos brasileiros admitem já ter recebido algum aviso sobre o quanto estavam jogando. Entre os respondentes, 37% afirmam terem mudado de comportamento dando uma pausa nas apostas, 20% dizem que não mudaram de comportamento, 15% não têm certeza, mas acreditam que receber o aviso tenha causado algum efeito; 10% pararam imediatamente de jogar e em apenas 2% dos casos os avisos fizeram os jogadores apostarem mais.
Ao serem questionados em como se sentem ao receber essas mensagens enquanto estão jogando, 44% dos brasileiros respeitam o método, pois sabem que são para o seu próprio bem, 28% gostam e sentem-se seguros com as mensagens, 15% desejam saber mais sobre seu próprio comportamento de jogo, 8% revelam que se sentem irritados, mas não veem as mensagens como algo que afeta a experiência de jogo e apenas 5% além de não gostarem de recebê-las, gostariam de se livrar delas.
Em relação às preferências sobre como receber essas mensagens de proteção durante as apostas, 42% dos brasileiros optam pelo WhatsApp ou mensagem de texto; 40% por e-mail; 28% pelas mensagens pop-up na página ou aplicativo; mensagens através do bate-papo é a opção melhor para 18% dos respondentes; 14% preferem o congelamento de tela de jogo e 8% não gostariam de recebê-las de jeito nenhum.
Entretenimento seguro
Médicos e outros estudiosos do comportamento humano estimam que cerca de 5% dos jogadores podem desenvolver algum tipo de vício ou compulsão relacionada a apostas ao nível global. Segundo Francesco Rodano, Chief Policy Officer da Playtech, o objetivo da empresa é trabalhar junto às autoridades brasileiras para promover o entretenimento seguro e responsável a longo prazo, por meio dos sites de apostas.
“Nossa responsabilidade é essencialmente dupla. Por um lado, queremos desenvolver soluções de jogo mais seguras e que realmente funcionem, apoiadas em evidências e extensivamente testadas, focadas no bem-estar individual do jogador e não genericamente em toda a base de jogadores, uma vez que somos todos diferentes. Por outro lado, precisamos educar tanto os formuladores de políticas quanto os colegas da indústria sobre o potencial dessa abordagem”, explica.
Fonte: Jéssica Flausino