O setor leiteiro segue aflito à espera de uma definição do governo sobre a prorrogação das taxas antidumping, que protegem a indústria nacional, das importações. Marcada inicialmente para 2018, a decisão sofreu vários adiamentos, mas agora deve ser analisado em fevereiro.
Toda essa questão já deveria ter sido resolvida em maio do ano passado, quando o pedido foi protocolado, ainda no governo do presidente Michel Temer, mas nada foi feito. O presidente da comissão nacional de Pecuária e Leite da CNA, Rodrigo Alvim, explicou a necessidade dessa revisão das tarifas de antidumping, que é de 3,9% para a Nova Zelândia e de 14,8% para a União Europeia. São os dois casos que estão sendo analisados com mais urgência. Caso as tarifas não venham a ser mantidas, o mercado brasileiro corre o risco de ter um excesso de produto, derrubando o preço internamente. Até o dia 6 de fevereiro deve ter uma sinalização do que vai acontecer.
As reuniões entre representantes da China e dos Estados Unidos para uma possível resolução no embate econômico foram retomadas nesta semana. Desde o primeiro semestre de 2018, os dois países adotaram duras tarifas para os produtos vindos de fora, principalmente a soja.
As expectativas são as mais diversas no mercado. Alguns analistas, especialmente entre os internacionais, acreditam que as conversas serão pouco produtivas e o acordo não deve evoluir muito. Outros acreditam que com a proximidade da finalização do período de trégua combinado no G20, essas conversas devem evoluir e um acordo pode ficar mais próximo. O período de trégua entre China e EUA termina no dia primeiro de março.
Fonte: Agência do Rádio Mais
