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Biotecnologia e práticas tradicionais se destacam nas estratégias para combate ao bicudo na próxima década

Soluções de curto, médio e longo prazo para controle e combate da praga foram discutidas, nesta terça-feira (dia 27), na sala temática Caminhos e soluções para o bicudo do algodoeiro em 2020/2030, durante 12º Congresso Brasileiro do Algodão, que segue até quinta-feira (dia 29), no Centro de Convenções de Goiânia. As estratégias apontadas pelos especialistas para enfrentar a principal praga da cotonicultura vão desde as práticas convencionais ao uso da biotecnologia, como o estudo na área de transgenia, que está em andamento na Embrapa.

Coordenada pelo engenheiro agrônomo e professor da Universidade Federal da Grande Dourados Paulo Degrande, a sala temática contou com a participação de especialistas e produtores, que apresentaram resultados de pesquisas, modelos de gestão de programas fitossanitários, além de outras questões relativas ao assunto.

Na sua apresentação, o coordenador da sala elencou os itens do Protocolo de Brasília que traçou as estratégias para combate ao bicudo. Nele, se destacam pontos como a redução da população do inseto no final de safra, colheita rápida e bem-feita, eliminação da soqueira, mapeamento com armadilhas, encurtamento do ciclo de plantio.

Em seguida, o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão, Júlio Busato, e o pesquisador do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), Guilherme Rolim,falaram sobre experiência nos seus estados. Nos dois casos, os palestrantes ressaltaram os avanços e dificuldades encontradas para manter a praga longe das culturas e reduzir seus impactos financeiros.

“Plataforma do Algodão: desenvolvimento de algodão transgênico resistente ao bicudo”, tema apresentado pelo pesquisador da Embrapa Algodão, José Cavalcanti, busca uma saída que traga mais segurança para os produtores. Segundo o estudioso, os genes usados na transformação vêm da bactéria BT (Bacillus thuringlensis). Iniciada há dois anos, a pesquisa já gerou dois genes e tem, no momento, 20 eventos em teste (bioensaios). “Mas não podemos esquecer que outras fases do projeto serão necessárias, já que a planta também quer eliminar o gene, pois não é parte dela”.

O palestrante da mesa foi o consultor Walter Jorge, que já atuou como pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e acompanha o bicudo desde o início dos anos 80, quando a praga “estourou” no Brasil.  Ele falou sobre as práticas tradicionais de manejos e a perspectivas oferecidas pela biotecnologia, desenvolvida no Brasil e na Argentina. Para fechar a sala, o engenheiro florestal, Guido Sanchez, falou sobre a experiência bem-sucedida no controle do bicudo em Campos de Holambra, no Vale do Paranapanema, em São Paulo.

Fonte: AgriPress

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