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Bioinsumo pode reduzir em 25% o nitrogênio usado na adubação de cobertura do milho

Foto: Sandra Brito

A tecnologia de inoculação do milho com a bactéria Azospirillum brasilense propicia redução na adubação nitrogenada de cobertura e permite um incremento médio de 3,1% na produtividade de grãos

  • Inoculação de sementes de milho com Azospirillum brasilense (estirpes Ab-V5 e Ab-V6) permite reduzir até 25% da adubação nitrogenada de cobertura.
  • Inoculação com Azospirillum brasilense aumenta a eficiência de uso do fertilizante nitrogenado pelo milho.
  • Tecnologia é aplicável em amplas condições de clima e de solo brasileiros.
  • O bioinsumo colabora com a redução de emissões de gases de efeito estufa e com as estratégias de agricultura de baixo carbono.
  • Redução da aplicação de nitrogênio promove, por hectare, uma mitigação de 236 kg de equivalentes de CO2 e uma economia de R$ 260 em fertilizante.

Resultados de pesquisas conduzidas pela Embrapa Soja (PR) nos últimos dez anos mostram que a inoculação de sementes de milho com a bactéria Azospirillum brasilense (estirpes Ab-V5 e Ab-V6) permite a redução de 25% da adubação nitrogenada de cobertura, considerando a dose de 90 quilos (kg) por hectare (ha) de N-fertilizante. “O uso de microrganismos promotores do crescimento de plantas – capazes de substituir, parcial ou totalmente, os fertilizantes químicos – representa uma estratégia-chave para o Brasil, que importa a maior parte dos fertilizantes usados na agricultura”, defende a pesquisadora da Embrapa Mariangela Hungria.

Apresentação da tecnologia on-line

Os benefícios econômicos e ambientais dessa tecnologia serão apresentados pelos pesquisadores Marco Antonio Nogueira e Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, durante evento on-line a ser realizado em 25 de novembro, a partir das 10h30, pelo Radar da Tecnologia, canal da Embrapa Soja no YouTube.

Apresentação da tecnologia on-line

Os benefícios econômicos e ambientais dessa tecnologia serão apresentados pelos pesquisadores Marco Antonio Nogueira e Mariangela Hungria, da Embrapa Soja, durante evento on-line a ser realizado em 25 de novembro, a partir das 10h30, pelo Radar da Tecnologia, canal da Embrapa Soja no YouTube.

Benefícios ambientais e econômicos

Mariangela Hungria destaca, também, que a tecnologia de inoculação do milho na semeadura com A. brasilense (estirpes Ab-V5 e Ab-V6) propicia redução importante na emissão de gases de efeito estufa. Considerando a dose de 90 kg/ha de N em cobertura, a redução de 25% do N implica uma mitigação de 236 kg/ha de equivalentes de CO2 (considerando a taxa de conversão de 1 kg de N = 10,5 kg de equivalentes de CO2). Em termos econômicos, considerando o preço médio da ureia no mercado brasileiro em julho de 2022, a economia foi de cerca de R$ 260/ha.

Processo de inoculação a campo

Apesar dos benefícios da inoculação do milho com as estirpes Ab-V5 e Ab-V6 de A. brasilense, os pesquisadores alertam para a necessidade de se adotar boas práticas de inoculação, que envolvem cuidados desde a compra até o uso do inoculante a campo.

“É importante certificar-se sobre a origem e a qualidade do inoculante, principalmente se contém as estirpes recomendadas pela pesquisa na concentração indicada, se o produto tem o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para essa finalidade, assim como se o produto foi mantido em condições adequadas de transporte e armazenamento, com temperatura máxima de 30º C”, frisa a pesquisadora. “Como o inoculante contém seres vivos, sensíveis ao calor, após a aquisição é preciso conservar o produto em local protegido do sol e arejado até o momento de uso”, recomenda.

Bactérias promotoras do crescimento de plantas

Mariangela Hungria explica que as BPCP correspondem a um grupo de microrganismos benéficos capazes de colonizar tecidos de raízes, caule, folhas, frutos, sementes e nódulos de leguminosas. As BPCP podem estimular o crescimento das plantas por meio de diversos processos, como a fixação biológica de nitrogênio (que contribui para a nutrição nitrogenada), a síntese de fitormônios (que impacta o crescimento das raízes), o aumento da disponibilidade de fósforo (P) e potássio (K), a tolerância a estresses bióticos que podem ser causados por organismos vivos (insetos e microrganismos) ou abióticos (como temperatura, alta irradiação e restrição hídrica), entre outras funções.

Fonte: Embrapa Soja

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