Bioinseticida cresce 1.460% em área tratada na soja Bt, aplicado no manejo de Spodopteras
Levantamentos da Fundação MT mostram redução da praga por mais tempo também em lavouras de milho analisadas na fronteira agrícola do cerrado
São Paulo (SP) – Após tornar-se líder do mercado brasileiro de biolagarticidas para soja, ao elevar seu market share, em faturamento, de 17% para 37% na safra 2020-21, a AgBiTech celebra o desempenho do baculovírus Cartugen® no manejo de Spodoptera frugiperda, em áreas de soja, milho e algodão. Dados da consultoria Spark Inteligência Estratégica mostram que o bioinseticida da empresa australo-americana registrou crescimento de 1.460%, em área tratada (PAT), na soja Bt ou transgênica.
Conforme o diretor de marketing da AgBiTech Brasil, engenheiro agrônomo Murilo Moreira, o resultado obtido por Cartugen® consolida sua eficácia no manejo da lagarta, que nos dias de hoje constitui a espécie mais desafiadora ao produtor. Moreira afirma que quando associados a inseticidas de choque, baculovírus agem de maneira similar a um ‘protetor’: potencializam o efeito dos outros produtos na praga, submetendo-a a um ativo com novo modo de ação.
“Esse conceito abrange inseticidas químicos e também as biotecnologias (transgenia). Frente a aplicações excessivas de inseticidas e ao aumento da adoção da biotecnologia no manejo de insetos, tem-se como consequência o aumento, recorrente, da pressão de seleção de lagartas resistentes, mais difíceis de controlar”, esclarece Moreira. Segundo ele, os números da Spark mostram ganhos consistentes na confiança do produtor em relação a Cartugen®.
Milho – Pesquisadora do departamento de Entomologia da Fundação Mato Grosso há 18 anos, a doutora Lucia Vivan acompanhou de perto lavouras de milho que adotaram o manejo com baculovírus combinados a inseticidas de choque. Os estudos ocorreram na safrinha 2021, na Serra da Petrovina, em Pedra Preta, no Estado de Mato Grosso.
“Aplicações de baculovírus combinadas com inseticidas de choque específicos mantiveram a população da Spodoptera frugiperda mais baixa, no milho, por períodos mais prolongados, oferecendo proteção as plantas”, destaca Lucia Vivan. Segundo a pesquisadora, essa solução de controle pode ser inserida no manejo de Spodoptera do produtor. “No entanto, precisa ser aplicada no momento certo, nos primeiros dias da emergência, sobretudo no estágio V1 do milho, momento em que as lagartas estão iniciando a colonização na área”, enfatiza.
Danos no Milho – Gerente de pesquisa & desenvolvimento da AgBiTech Brasil, o engenheiro agrônomo Marcelo Lima acrescenta que na cultura do Milho a solução Cartugen®, associada a químicos com ação de choque, transferiu desempenho acima da expectativa em diferentes regiões pesquisadas no ciclo 2020-21, como Jataí (GO), Lucas do Rio Verde (MT) e Luís Eduardo Magalhães (LEM-BA).
“Observamos reduções de danos à cultura entre 60% e 73%, na comparação à área não tratada. Houve também aumento relevante no controle da Spodoptera frugiperda, de 33% a 41%”, resume Lima.
Desde 2002, a AgBiTech fornece produtos consistentes, de alta tecnologia, que ajudam a tornar a agricultura mais rentável e sustentável. A empresa combina experiência a campo com inovação científica. Trabalha com agricultores, consultores e pesquisadores e desenvolve soluções altamente eficazes para manejo de pragas agrícolas. Controlada pelo fundo de Private Equity Paine Schwartz Partners (PSP), a AgBiTech fabrica toda a sua linha de produtos na mais moderna unidade produtora de baculovírus do mundo, em Dallas (Texas, EUA).
Fonte: Fernanda Campos